O Futebolista: violência no futebol brasileiro
Depois de 23 jogos sem marcar – mas também sem jogar com frequência – o atacante inglês (naturalizado turco) Kazim, garantiu a vitória, o bicho, a cervejada e o grito de “é campeão” ontem na Arena Itaquera ao anotar o único gol do jogo que selou a vitória do Corinthians sobre o virtualmente rebaixado Avaí.
Completamente surtado em sua comemoração, Kazim correu na direção da Fiel, arrancou a bandeirinha de escanteio do gramado e agitou-a enlouquecidamente diante da torcida. Chocada com a atitude do atleta e sem ter como se defender, a pobre bandeirinha esperou pela atuação do juiz que, acertadamente, deu o cartão amarelo para o jogador antes que ele tirasse o calção e pisasse em cima no meio do campo.
Ao final do jogo, ainda muito abalada, a bandeirinha de escanteio declarou que, embora seja corintiana, “torcia para que ele (Kazim) não marcasse outro (gol)” ou que fosse substituído. “Foi um pesadelo. Quando dei por mim, ele estava dizendo um monte de palavrões em três idiomas diferentes e me agitando diante da torcida”, completou.
O advogado da bandeirinha de escanteio já deu entrada em uma ordem restritiva proibindo Kazim de sair do banco de reservas nos jogos em que ela estiver atuando no Itaquerão e estuda quais medidas tomar contra o clube que não garantiu segurança mínima ao objeto em seu local de trabalho. “De repente, seria o caso de cimentar a bandeirinha no gramado, já que ninguém aluga o estádio pra nada mesmo”, sugeriu.