Copa do Mundo Rússia 2018

Argentina prova que é possível, sim, se classificar jogando mal. Croácia tem 100% de aproveitamento

Seleção Argentina
fOTO: GABRIEL BOUYS/AFP/Getty Images

 Lionel Messi e seus colegas sobrevivem a um dos maiores sufocos dos últimos tempos e deixam o desfecho da sua história totalmente imprevisível           

Por Matias Carranza             

A Argentina estava eliminada até os 42 minutos do segundo tempo contra a Nigéria, quando o gol salvador de Marcos Rojo mudou tudo aquilo que a gente havia previsto sobre o fracasso azul e branco aqui no Ganhador. Como dizem os próprios argentinos: “No pasa nada”. Não tem problema. O futebol talvez seja mesmo o único esporte em que o time que joga pior acaba vencendo, e foi este o caso da Argentina diante da Nigéria. Os africanos tiveram grandes chances de decretar o adeus de Lionel Messi e companhia, mas não encararam a partida com a seriedade necessária. Deu no que deu: no cruzamento de um lateral-direito que foi escalado apenas para defender, um gol de primeira e de perna direita (!) do lateral-esquerdo canhoto que entrou como zagueiro e finalizou como um legítimo camisa 9 estilo Cristiano Ronaldo. Coisas do apaixonante futebol.

 

Argentina enfim tem goleiro

A loucura argentina foi tamanha que ela precisou contar com a segurança de um homem que estava simplesmente estreando na seleção: estamos falando de Franco Armani, goleiro do River Plate, que defendeu um chute cara a cara instantes depois de Gonzalo Higuaín perder um gol e a Nigéria ter a chance de definir, ali mesmo, o desfecho argentino neste Mundial.

Há tantas variáveis em jogo que pouco importou que a Argentina, por quase toda a partida, tenha sido um time praticamente de várzea, mas colocando em campo uma raça absurda, com os 11 jogadores parecendo que estavam numa guerra, e não em um campo de futebol. Grande exemplo disso foi o volante Javier Mascherano, que teve uma atuação pobre do ponto de vista técnico e nobre na entrega, jogando com o rosto todo ensanguentado em uma atitude incompreensível por parte do árbitro, que não teve coragem de tirá-lo de campo.

A Argentina agora enfrenta a França em um choque de campeãs do mundo em plena fase de oitavas de final. O confronto ocorre no sábado (30), às 11h, na cidade de Samara. O grande problema argentino é o físico. A seleção é a mais velha da Copa, com média de idade de 30 anos, e se desgastou realmente demais na batalha contra a Nigéria. A França jogou algumas horas antes e de batalha não teve nada – apenas controlou um chato 0x0 contra a Dinamarca, ainda se dando ao luxo de poupar nada menos que meio time: seis titulares, incluindo o goleiro Lloris, simplesmente descansaram.

Algo, porém, é certo: esta classificação milagrosa dá ao jogador argentino um certo ar de que ele é indestrutível, e que é possível avançar na Copa e até mesmo ganhá-la jogando desta maneira aguerrida, mesmo que desprezando a parte tática e a figura do seu técnico na beira do campo, com os jogadores sequer olhando para ele. Observar o que vai ser da Argentina contra um rival mais forte é um dos grandes interesses do Mundial a partir de agora. Que venha a França.

 

Croácia encanta

Contra a Islândia, os croatas fizeram aquilo que vem sendo a praxe nesta Copa do Mundo. As seleções classificadas com antecipação estão levando a campo um time recheado de reservas na definição da fase de grupos, e nem isso limitou a equipe que controlou a Islândia por todo o tempo, ganhando por 2×1 e dando uma ajuda providencial à Argentina na obtenção da vaga, pois se os islandeses vencessem, os argentinos precisariam de um triunfo ainda mais elástico, por no mínimo dois gols de vantagem.

A Croácia agora enfrenta a Dinamarca, no domingo (1º), às 15h, e a vantagem para este confronto é toda da Croácia, que pela primeira vez em sua história venceu os três jogos da fase de grupos. É um time encorpado e que sabe o que fazer com a bola e com o adversário. A novidade que seria ver a equipe em uma instância mais elevada da competição não deve atrapalhar a cabeça dos ótimos Modric, Rakitic e Mandzukic, acostumados a jogar no mais alto nível em clubes e preparadíssimos para entrar para a história da Croácia. Há exatos 20 anos, o país atingiu a semifinal e só perdeu para a anfitriã França, que seria a campeã. Os atletas daqueles tempos dizem que a Croácia atual é ainda melhor que aquela. Será mesmo? Os próximos dias vão responder.

 

Jogos do Grupo D da Copa do Mundo 2018

Sábado, 16 de junho 

  • Argentina 1×1 Islândia
  • Croácia 2×0 Nigéria 

Quinta-feira, 21 de junho 

  • Argentina 0x3 Croácia 

Sexta-feira, 21 de junho 

  • Islândia 0x2 Nigéria

Terça-feira, 26 de junho 

  • Nigéria 1×2 Argentina
  • Islândia 1×2 Croácia

 

ATUALIZAÇÃO ANTERIOR: 22/06/2018

Grupo D da Copa do Mundo 2018: O que a Argentina precisa fazer para não cair fora logo de cara?  

 Drama de Lionel Messi e companhia é a grande atração da última rodada da fase de grupos da Copa do Mundo   

Por Matias Carranza

Os improvisos do técnico Jorge Sampaoli custaram caro à Argentina, como insistimos aqui no Ganhador. A Argentina soma apenas um ponto depois de dois jogos e ainda tem chances de classificação – graças à Nigéria, que venceu a Islândia por 2×0 e devolveu um pouco de fôlego para a equipe azul e branca. Da Croácia há pouco a se dizer: já classificada com seis pontos e com a quase certeza da primeira colocação, os europeus já analisam quem deve cruzar o seu caminho nas oitavas de final, se será a França ou a Dinamarca. O Argentina x Nigéria, portanto, será o grande momento da definição do grupo, às 15h (de Brasília) da próxima terça-feira (26).

 

Contas, contas, contas….

A Argentina está obrigada de qualquer maneira a vencer a Nigéria. Não há outra maneira de chegar às oitavas. E isso por si só já é uma complicação. Quem viu o verdadeiro chocolate levado da Croácia ficou com a enorme sensação que a Argentina chegou ao seu limite e que não há forças para ganhar de quem quer que seja. E isso inclui esta Nigéria que fez uma sólida apresentação diante da Islândia – o 2×0 acabou sendo até pouco, em que pese os europeus terem chutado um pênalti para fora.

Algo que vale sempre ressaltar é o último confronto entre Nigéria e Argentina: terminou 4×2 para os africanos em partida disputada na própria Rússia, em novembro do ano passado. Messi não entrou em campo naquela ocasião. Nesta Copa do Mundo, não se pode dizer que ele esteja jogando, de fato. Em sua partida contra a Croácia, ele tocou menos na bola do que o próprio goleiro Caballero, que errou um passe e permitiu o gol que abriu o massacre croata.

O duro para os argentinos é que nem a vitória sobre a Nigéria é garantia de vaga. É preciso também torcer para a Islândia não vencer a Croácia – o encontro europeu será no mesmo horário, às 15h, em Rostov, enquanto Argentina e Nigéria medem forças em São Petersburgo.

Caso a Argentina vença e a Islândia também, as duas seleções empatariam com quatro pontos e a vaga seria definida pelo saldo de gols. A Argentina hoje tem um saldo negativo de três gols (um gol marcado e quatro sofridos); o saldo da Islândia é de menos dois (um a favor e três contra). Ou seja: a Argentina precisaria fazer pelo menos um gol a mais que a Islândia, tendo a obrigação de bater a Nigéria por pelo menos dois gols de diferença.

Convenhamos: a Argentina não conseguiu fazer dois gols nem na Venezuela e no Peru nas Eliminatórias, e ainda por cima jogando em Buenos Aires. Vai conseguir fazer o placar que precisa diante da Nigéria?

Os africanos basicamente jogam pelo empate – só ficariam fora se a Islândia goleasse a Croácia, algo que ninguém acredita nesta altura do campeonato…

 

Croácia brilha

O que Nigéria e Argentina têm em comum? As duas seleções que jogam entre si na disputa da vaga foram amplamente batidas pela Croácia que está de parabéns pelo que desempenhou até aqui. Não é exagero algum imaginar Modric, Rakitic e Mandzukic avançando até as quartas de final, por exemplo.

E o que os europeus estão fazendo de tão bom assim? Contando com um meio-campo que consegue tanto se defender bem quanto chegar com boas ações até o gol adversário. A pintura do gol de Modric diante da Argentina deixa isso muito bem claro: parecia até ele era o sul-americano habilidoso que fazia o que queria com a bola, e não o contrário. É um time perigoso o suficiente para qualquer adversário no mata-mata.

Da Islândia há pouco a se destacar além do que já foi dito da partida contra a Argentina. Os islandeses são estreantes em Mundiais e intimamente devem se dar por satisfeitos só por estar na Rússia. A chance de uma vitória da Islândia sobre a Croácia é mínima – isso só aconteceria se os croatas escalarem os reservas e o time entrar relaxado demais em campo. Convenhamos que isso é tão difícil de acontecer quanto um baile da Argentina na Nigéria…

 

Jogos do Grupo D da Copa do Mundo 2018

Sábado, 16 de junho 

  • Argentina 1×1 Islândia
  • Croácia 2×0 Nigéria 

Quinta-feira, 21 de junho 

  • Argentina 0x3 Croácia 

Sexta-feira, 21 de junho 

  • Islândia 0x2 Nigéria

Terça-feira, 26 de junho 

  • 15:00 – Nigéria x Argentina – Palpite: Empate
  • 15:00 – Islândia x Croácia – Palpite: Croácia

 

ATUALIZAÇÃO ANTERIOR: 18/06/2018

Grupo D da Copa do Mundo 2018: Argentina não corre risco de eliminação antecipada, mas risco de vexame é evidente

  Deixar de vencer a estreante Islândia feriu o orgulho argentino; seleção busca paz para voltar a campo nesta quinta (21), contra a Croácia                     

Por Matias Carranza

Quem assistiu ao Argentina x Islândia de sábado pôde perfeitamente lembrar-se do que antecipamos aqui no Ganhador. A Argentina entraria em campo desentrosada e com uma equipe que havia sofrido horrores nas Eliminatórias. Pois bem. Veio o Mundial e o sofrimento continua. Se Messi e companhia penaram na América do Sul com seleções do naipe de Peru e Venezuela, nada mais natural que a dificuldade viesse também com a motivada Islândia, que soube impor o seu jogo e segurar os argentinos que, ao contrário de outras seleções fortes que também sofreram, como o Brasil e a França, não conseguiram criar muitas chances de gols.

 

E agora, Argentina?

A lógica é evidente. O Grupo D é um dos mais difíceis da Copa, com as quatro seleções com condições de avançar para as oitavas de final. A própria Argentina, que entrou como favorita, mostrou que moleza é algo que vai passar longe desta chave. A seleção azul e branca não conseguiu vencer nem a estreante Islândia e nem com um pênalti cobrado pelo seu maior craque. É mesmo o momento para uma reflexão mais profunda para poder seguir com uma maior paz na campanha.

Este talvez seja o grande ponto de turbulência da Argentina nos últimos anos. A seleção é uma máquina de perder nos últimos 25 anos – parece incrível, mas é esta a duração do insano jejum da seleção azul e branca, que abriu a sua sala de troféus pela última vez no muito distante 1993, com o título da Copa América conquistado sobre o México.

Um grande exemplo desta dificuldade está na figura de Javier Mascherano, o jogador mais experiente desta seleção e o recordista de participações pela equipe, com 144 partidas. Pois ele perdeu nada menos que cinco finais pela Argentina, a Copa América de 2004 e 2007, para o Brasil, e as últimas três famosas decisões, na Copa do Mundo de 2014 e a Copa América de 2015 e 2016 para o Chile.

É muita derrota seguida para machucar a cabeça de qualquer um.

Especialmente de uma Argentina que está com a linguagem corporal bastante negativa. Messi, por exemplo, não tira os olhos do chão ou do céu, e ele agora adotou um outro gesto de desespero ao seu repertório – esconder os olhos sob a camisa. Ele é a mostra visível daquilo que a Argentina realmente não conseguiu colocar em prática nos últimos anos, que foi estabelecer um corpo técnico que tivesse longa duração no cargo e fazer uma inevitável renovação. Como é possível esperar de um grupo de trabalho uma cabeça arejada se esta é a Argentina mais velha da história das Copas, com média de idade de quase 30 anos?

 

Derrota pode golpear forte

O próximo compromisso argentino na Rússia vai ser na quinta-feira (21), às 15h, em Nínji Novgorod, contra a Croácia, que lidera o grupo depois de vencer a Nigéria por 2×0 no sábado.

Uma derrota da Argentina ante os croatas não eliminaria diretamente a seleção de Messi e Sampaoli, mas poderia colocar a Croácia como uma das classificadas e deixar a Argentina em uma situação das mais indefinidas ao brigar com a Nigéria e a Islândia na última rodada.

Pelo que cada equipe mostrou na primeira rodada, a vitória croata é sim uma possibilidade mais real do que a recuperação argentina. Jorge Sampaoli está mostrando que deve tirar alguns medalhões para a segunda partida, e um exemplo disso seria a saída de Di María – e isso, por si só, já é um sinal de desespero, pois a corda vai arrebentar no lado mais fraco, ou seja, dos novatos que entrariam numa situação-limite, sem muita preparação prévia.

A Islândia também demonstra que pode ganhar da Nigéria e caminhar com segurança para uma eventual classificação às oitavas. O pior cenário possível para a Argentina seria exatamente este: vitórias de Croácia e Islândia na segunda rodada. Com um empate entre si na terceira e última rodada, ambas avançariam tranquilas e deixariam a Argentina fora.

Quando falamos de finais perdidas para a Argentina, vale incluir também esta que vai ser disputada na quinta-feira…

 

Jogos do Grupo D da Copa do Mundo 2018

Sábado, 16 de junho 

  • Argentina 1×1 Islândia
  • Croácia 2×0 Nigéria 

Quinta-feira, 21 de junho 

  • 15:00 – Argentina x Croácia – Palpite: Argentina 

Sexta-feira, 21 de junho 

  • 12:00 – Islândia x Nigéria – Palpite: Islândia

Terça-feira, 26 de junho 

  • 15:00 – Nigéria x Argentina
  • 15:00 – Islândia x Croácia

 

ATUALIZAÇÃO ANTERIOR: 30/12/2017

A má-campanha da Argentina durante as Eliminatórias da Copa faz deste o grupo mais imprevisível da competição.

Por Flávio Soares

Estivéssemos em 2014 e não haveriam dúvidas sobre o Grupo D na Copa do Mundo: Argentina e Croácia se classificariam com sobras. Mas estamos em 2018 e a Islândia, surpresa da Eurocopa de 2016, e a Nigéria (sempre indigesta) chegam com potencial para bagunçar o coreto e fazer deste o grupo mais imprevisível – e divertido – do mundial.

 

Argentina

A campanha da Argentina nas Eliminatórias Sul-Americanas pode ser definida como um “tango do portenho bêbado”. Substituto de Alejandro Sabella, Gerardo “Tata” Martino assumiu o comando da albiceleste em agosto de 2014 e colecionou resultados decepcionantes em série até que em julho de 2016, pediu pra sair dizendo que faltava clareza na designação de novas autoridades da Associação Argentina de Futebol e graves inconvenientes para formar a equipe que representaria o país nos Jogos Olímpicos. Edgardo “Patón” Bauza – que fazia um trabalho bem meia-boca no São Paulo – assume o comando da seleção em agosto de 2016 e, dando sequência aos maus resultados do antecessor, se mantém no cargo até abril de 2017.

Sem engrenar e correndo o risco real e imediato de ficar fora da Copa do Mundo, Jorge Sampaoli, técnico que já havia feito história com a Seleção do Chile é chamado para recolocar a albiceslete nos trilhos. Mas a angústia dos argentinos durou até a última rodada das Eliminatórias Sul-Americanas, quando Lionel Messi mostrou porque foi eleito o melhor do mundo por cinco vezes: foram dele os gols da vitória por 3 a 1 contra a Seleção do Equador que deram aos argentinos o terceiro lugar nas eliminatórias e uma passagem para a Rússia em 2018.

Sem a pressão das eliminatórias, Sampaoli terá agora algum (pouco) tempo para treinar a equipe antes do início da competição. Tudo indica que esta é a última Copa do Mundo de toda uma geração talentosa – Messi, Di María, Agüero, Higuaín, Biglia, Banega – que não foi coroada com títulos. Chega à Russia sem o grande favoritismo de outros tempos, mas, por se tratar de uma última chance para muitos no grupo, pode crescer e chegar à final.

 

Islândia

A Seleção da Islândia é, disparada, a mais forte candidata a surpresa da Copa do Mundo. E, se confirmar esta tendência, coroará o excelente trabalho de um time que chegou às quartas de final da Eurocopa em 2016 e se classificou em primeiro lugar no Grupo I das Eliminatórias Européias com um aproveitamento de 73,3%. Desempenho que empurrou a mais “badalada” Croácia para a repescagem.

A Copa do Mundo servirá, inclusive, como tira-teima entre as duas seleções, que se enfrentarão novamente pelo Grupo D. Durante as eliminatórias cada equipe venceu uma partida.

 

Croácia

Apesar do talento de seus jogadores que atuam em grande clubes da Europa – os meias Moldric, no Real Madrid, Rakitić, no Barcelona, e Vlašić, no Everton, o zagueiro Lovren, no Liverpool, e o atacante Mario Mandžukić, na Juventus – a Seleção da Croácia não tem conseguido extrair o melhor de seu elenco e, segunda colocada no Grupo I das eliminatórias, precisou passar pela repescagem para chegar à Copa do Mundo. A história que corre seria que uma forte briga de egos entre os talentosos atletas minou o ambiente da seleção tornando-a um grupo sem união focado em objetivos pessoais e não coletivos.

Uma pena para um time que surgiu de forma surpreendente na Copa da Mundo da França de 1998 e conquistou um – ainda mais surpreendente – terceiro lugar. Mas, de lá pra cá, foram apenas decepções e os croatas não conseguiram passar da primeira fase em suas outras três participações em copas.

O atual grupo esbanja talento individual – o suficiente até mesmo para fazer frente à “cascuda” Argentina – mas talentos individuais, apesar de desequilibrarem, não ganham Copa do Mundo (como bem sabe Lionel Messi).

 

Nigéria

A Nigéria chega para a sua sexta Copa do Mundo com sua melhor seleção em todos os tempos. Contando com os talentos do meia Victor Moses, do Chelsea, e dos atacante Alex Iwobi, do Arsenal, e Kelechi Iheanacho e Ahmed Musa, do Leicester carimbou seu passaporte para a Rússia ao conquistar o primeiro lugar no Grupo B das Eliminatórias Africanas, deixando para trás as seleções de Zâmbia, Camarões e Argélia.

Pela quinta vez em suas participações em uma copa, terá pela frente a Seleção da Argentina – e o retrospecto não ajuda: foram cinco triunfos dos hermanos. Para complicar mais um pouco, a exemplo da Croácia, seu grupo também chega desunido na Rússia por conta de problemas com premiações não pagas pela federação local. Com certeza, isso influenciará o desempenho nigeriano na competição.

 

Quem avança

Como já dissemos no começo deste texto, é um grupo muito imprevisível. Mas camisa pesa – mesmo em uma Copa do Mundo – e a da Argentina, bi-campeã mundial, é bem pesada. O time deve ir se encontrando ao longo dos jogos e, nesta primeira fase, é bem provável que Messi “carregue o time nas costas” e garanta a classificação – não necessariamente o primeiro lugar. Daí pra frente, o caldo engrossa e se a albiceleste jogar como jogou nas eliminatórias, volta pra casa mais cedo.

A Nigéria pode surpreender na briga pela segunda vaga, mas a disputa deve ficar polarizada entre Islândia e Croácia. O duelo entre as duas equipes deve ser decisivo para a classificação e por mais que o bom-senso me diga para acreditar no talento croata, algo me diz que a Islândia seguirá adiante na competição.

 

Continuando

Segunda-feira daremos continuidade a nossa série de artigos sobre a Copa do Mundo, analisando o Grupo E formado por Brasil, Suíça, Costa Rica e Sérvia.