Sem marmelada! Bélgica vence a Inglaterra e pode entrar no caminho do Brasil nas quartas de final
Em jogo bem morno, os Diabos Vermelhos vencem pelo placar mínimo e encaram o Japão nas oitavas; English Team mede forças com a Colômbia
Por Matheus Filippi
Como já adiantado por aqui, Bélgica x Inglaterra não foi, nem de longe, o melhor jogo da primeira fase do Mundial: equipes praticamente reservas e uma absurda falta de intensidade de ambos os lados. Quando tudo se encaminhava para mais um horrível ‘empate de compadres’ nesta quinta-feira (28), assim como fizeram França e Dinamarca, Januzaj acertou um chutaço de perna esquerda e deu a vitória aos belgas pelo placar mínimo de 1 a 0. Já no duelo dos eliminados, realizado no mesmo horário, a Tunísia virou para cima do esforçado Panamá e venceu por 2 a 1 – sacramentando a terceira posição no Grupo G.
O apito final no duelo entre ingleses e belgas definiu os últimos dois confrontos de oitavas de final que ainda estavam em aberto. Primeiro colocado da chave e com a melhor campanha de toda a primeira fase, a Bélgica encara o Japão na próxima fase e pode cruzar com o Brasil caso as duas potências avancem. Com a derrota, a Inglaterra encara a encardida Colômbia nas oitavas e pode cruzar com a seleção brasileira apenas em uma hipotética final.
Bélgica: o time a ser batido?
Três vitórias em três jogos, nove gols marcados e apenas dois sofridos. A campanha da Bélgica é quase que irretocável! Mesmo colocando em campo um time totalmente reserva, com exceção do goleiro Courtois, os Diabos Vermelhos venceram um time bem misto da Inglaterra e chegam nas oitavas de final com o rótulo de favorito a um título inédito. Será?
Sim, os três pontos vieram, mas a falta de motivação e empenho dos Diabos Vermelhos foi latente – inclusive ouvindo vaias dos torcedores ao longo da primeira etapa. Alguns jogadores que buscam espaço no time titular, como Fellaini, até davam alguma emoção no duelo, mas algo MUITO abaixo do que merecia esse grande embate do futebol mundial.
Apesar da falta de intensidade, o que chamou atenção nos Diabos Vermelhos foi a organização tática e o comprometimento desse grupo com o 3-4-2-1 de Roberto Martinez – ficou bem claro que qualquer um dos reservas que atuaram contra os ingleses pode entrar no time titular sem cair tanto o nível.
Inglaterra: derrota não pode ser parâmetro
Se os belgas mostraram um pouco mais de vontade em alguns momentos, o nível de intensidade da Inglaterra foi ZERO. Portanto, é impossível avaliar o English Team pela derrota diante da Bélgica. Independente de serem titulares ou reservas, estava cristalino que os ingleses buscavam a segunda colocação do Grupo G – o que levou a seleção para o lado ‘menos forte’ do chaveamento – pegando Brasil, Argentina, França, Portugal ou Uruguai apenas em uma hipotética final.
Pelo que mostrou nos dois primeiros jogos, trata-se de uma equipe bem organizada, que utiliza muito bem a famosa ‘linha de 5’ e que conta ‘apenas’ com o furacão Harry Kane – artilheiro do Mundial com cinco gols marcados. Será muito interessante ver como essa equipe vai se comportar diante da Colômbia nas oitavas de final: assumirá o posto de favorita e vai agredir os sul-americanos ou manterá as convicções de esperar Falcão Garcia e sua trupe? É esperar para ver.
Tunísia: despedida digna
Como dissemos aqui, Tunísia e Panamá fariam um duelo extremamente movimentado e buscando uma vitória histórica para ambas as seleções. No fim das contas, o time mais talentoso venceu. Mesmo indo para o intervalo com um revés de 1 a 0, as Águias voltaram com tudo na segunda etapa e buscaram os dois gols que garantiram a primeira vitória em Copas do Mundo desde a estreia em 1978. Fim dos 40 anos de jejum! Não foi um primor técnico e tático, mas mereceram a vitória.
Panamá: o pior time do Mundial da Rússia
Os números mostram que o Panamá foi, disparado, a pior seleção da Copa do Mundo da Rússia: três derrotas, 11 gols sofridos e apenas dois marcados (um deles contra). A comemoração efusiva na partida de estreia contra a Bélgica, na qual perderam de 3 a 0, já havia deixado claro que eles estavam radiantes apenas por fazerem parte da festa. A animada torcida chamou muito mais atenção do que a equipe em campo.
Oitavas de final da Copa do Mundo
Sábado, 30 de junho
- 11:00 –França x Argentina
- 15:00 – Uruguai x Portugal
Domingo, 1º de julho
- 11:00 – Espanha x Rússia
- 15:00 – Croácia x Dinamarca
Segunda-feira, 2 de julho
- 11:00 – Brasil x México
- 15:00 – Bélgica x Japão
Terça-feira, 3 de julho
- 11:00 – Suécia x Suíça
- 15:00 – Colômbia x Inglaterra
ATUALIZAÇÃO ANTERIOR: 24/06/2018
Já classificadas, Bélgica e Inglaterra prometem o melhor jogo da primeira fase da Copa do Mundo
Belgas e ingleses golearam seus adversários na segunda rodada do Mundial e chegam praticamente empatadas para um épico confronto direto na última rodada
Por Matheus Filippi
Que chuva de gols na segunda rodada do Grupo G da Copa do Mundo: foram 14 bolas na rede em duas partidas! Enquanto a Bélgica venceu a Tunísia com muita tranquilidade, 5 a 2 em Moscou, a Inglaterra finalmente engrenou no Mundial e atropelou o pobre Panamá sem dó nem piedade: 6 a 1 com direito a hat trick do matador Harry Kane. Praticamente empatadas, as duas potências europeias prometem um duelo espetacular pelo primeiro lugar na próxima quinta-feira! Quem vai levar? Veja como está o panorama da chave!
Bélgica: alguém para esse time?
Nós avisamos aqui: fique de olho nessa Bélgica! Se você ainda não entrou no ‘bonde belga sem freio’, ainda dá tempo! Assim como iniciou diante da Inglaterra, a Tunísia começou o jogo meio perdida defensivamente e dando muito espaço. Agora, o ataque dos Diabos Vermelhos é MUITO melhor do que o dos ingleses em matéria de talento.
Não demorou para a Bélgica abrir 2 a 0 com muita tranquilidade: um gol de pênalti de Hazard e outro de Lukaku – após passe certeiro de Mertens. Já no modo de desespero e beirando a eliminação, as Águias africanas foram para cima e até diminuíram com Bronn, de cabeça. Mas os erros de passe no campo defensivo novamente foram fatais: Meunier roubou a bola e colocou Lukaku na cara do gol para abrir um confortável 3 a 1 antes do intervalo.
Não demorou para os Diabos Vermelhos abrirem mais vantagem na segunda etapa: De Bruyne lançou e Hazard, driblando o goleiro, marcou mais um. Com o jogo ganho, Martinez poupou alguns de seus principais jogadores em campo e trocou Lukaku por Batshuayi. Após perder três gols inacreditáveis, o centroavante finalmente deixou o dele – o quinto dos belgas. Nem o golzinho sofrido nos acréscimos apagou a vitória contundente por 5 a 2 em Moscou.
Tunísia: muita vontade e pouco futebol
Um dos times mais esforçados do Mundial, mas que foi castigado pelos próprios erros. A equipe jogou certinho e por muito pouco não saiu com um empate contra a Inglaterra, mas o gol sofrido no fim obrigou a equipe a abdicar do seu sistema defensivo, justamente contra a Bélgica, para não ser eliminado. Deu no que deu: foram cinco gols sofridos e que poderiam ser muito mais se Batshuayi não tivesse com a mira tão descalibrada.
As Águias tiveram bons momentos no jogo – especialmente depois de levar o segundo gol: diminuíram para 2 a 1 e por pouco não empataram o duelo em Moscou. Agora, os erros de passe no campo de defesa colocaram tudo a perder. Talvez tivessem alguma chance de classificação em um grupo um pouco mais acessível.
Inglaterra: a maior goleada da Copa do Mundo da Rússia
Welcome to the World Cup, England! Após uma estreia nervosa e preocupante, com direito a gol da vitória nos acréscimos diante da Tunísia, a Inglaterra finalmente mostrou a que veio na Rússia: dominou totalmente as ações contra o esforçado Panamá e saiu de campo em Nijni Novgorod com um sonoro 6 a 1 na bagagem. Well done, sir!
Os primeiros minutos deram a impressão de mais um duelo truncado – isso até o zagueiro Stones furar a retranca panamenha com um gol de cabeça. A partir de então, foi um passeio inglês: o Panamá tentava agredir e dava muito espaço para o English Team tocar a bola com fáceis infiltrações pelo meio. A primeira etapa acabou 5 a 0 e poderia tranquilamente ter sido 7 ou 8.
Já classificados e pensando na Bélgica, a Inglaterra voltou totalmente diferente para a segunda etapa – literalmente em ritmo de amistoso. A equipe ainda ampliou com um gol ‘sem querer’ de Harry Kane – que se igualou a Gary Lineker e Geoff Hurst com um hat trick defendendo o time inglês em Mundiais. Como a Inglaterra lidera o Grupo G apenas pelo número de cartões, a ideia é vencer os belgas para carimbar a primeira colocação da chave.
Panamá: o primeiro gol em Mundiais
O duelo contra a Inglaterra comprovou o que já se dizia por aqui nos textos anteriores: o Panamá é o pior time da Copa do Mundo da Rússia. A grande vitória dessa equipe foi chegar no Mundial! Os Canaleros possivelmente levariam uma das maiores goleadas da história se a Inglaterra não tivesse tirado totalmente o pé na etapa complementar.
Apesar da sapecada, os panamenhos deixaram o estádio felizes da vida, pois a equipe anotou o seu primeiro gol em Copas do Mundo! Quando tudo já estava mais do que resolvido, aos 37 da segunda etapa, o zagueiro e capitão Felipe Baloy aproveitou um cruzamento na área e fez a torcida explodir nas arquibancadas! Gol emblemático do jogador de 37 anos que já havia anunciado a aposentadoria após o Mundial.
Próximos jogos do Grupo G
Quinta-feira, 28 de junho
- 15:00 – Inglaterra x Bélgica
- 15:00 – Panamá x Tunísia
ATUALIZAÇÃO ANTERIOR: 18/06/2018
De maneiras distintas, Bélgica e Inglaterra encaminham a classificação no Grupo G do Mundial
Enquanto os Diabos Vermelhos sobraram contra o Panamá, o English Team escapou do vexame com um gol nos acréscimos de Harry Kane
Por Matheus Filippi
Ao contrário de outras chaves da Copa do Mundo da Rússia, deu a lógica no Grupo G na última segunda-feira. Lá em Sochi, a Bélgica dominou o esforçado Panamá e liquidou a fatura com um clássico 3 a 0 – com todos os gols no segundo tempo. Depois, em Volgogrado, o jovem time da Inglaterra sofreu demais para furar o ferrolho da Tunísia, mas saiu de campo com os três pontos após um gol emblemático de Harry Kane nos acréscimos da segunda etapa – sacramentando o suado triunfo por 2 a 1.
Bélgica: geração de ouro começa bem
Assim como previmos por aqui, a Bélgica passou o trator no esforçado time do Panamá sem maiores dificuldades e confirmou o favoritismo no Grupo G do Mundial. Dissemos que seria um passeio assim que os Diabos Vermelhos conseguissem furar a retranca caribenha – e foi exatamente o que aconteceu. Após um primeiro tempo de várias chances belgas, mas nenhuma bola na rede, o panorama mudou totalmente depois que Mertens abriu o placar em um chutaço da entrada da área. Mais tranquila, a geração de ouro da Bélgica brilhou e passeou até o apito final.
A Bélgica começou colocando muita pressão na saída de bola e, quando usou a velocidade de seus jogadores, levou muito perigo. Foram vários gols perdidos nos primeiros minutos! Aos poucos, o time ficou um pouco mais burocrático e tocou mais a bola ao invés de realizar as transições rápidas de um lado para o outro. Assim, o time teve até teve a bola, mas não produziu tantas chances de gol como no começo. Errando alguns passes fáceis, os belgas levaram alguns sustos e saíram de campo visivelmente frustrados.
O panorama da partida mudou totalmente depois que Mertens quase furou a rede do goleiro Penedo logo aos dois minutos da segunda etapa – o que se via era uma Bélgica mais tranquila e na sua clássica característica de rápidas trocas de passe na entrada da área panamenha. Não demorou para De Bruyne e Hazard servirem o artilheiro Lukaku para dois bonitos gols – que acabaram de vez com qualquer chance dos Canaleros em Sochi. A entrada de Dembele no lugar de Carrasco deu mais profundidade à ala esquerda – vale ficar de olho se isso pode voltar a acontecer contra a Tunísia na segunda rodada.
Panamá: muita vontade e pouco futebol
Nas poucas oportunidades em que tinha a bola, o Panamá até trocou alguns passes e arriscou um ou outro contra-ataque no primeiro tempo, mas nada de muito significativo. A sensação que dava era de um time que estava extremamente feliz apenas em participar do Mundial pela primeira vez! Como já era previsto, o time abusou das faltas no começo e levou vários cartões amarelos – foram cinco ao todo. Os jogadores comemoraram demais o 0 a 0 na saída para o intervalo.
A famosa ‘linha de 5’ até estava dando conta do recado – isso até um chute de fora da área furar a retranca panamenha. O time sentiu o gol e parecia perdido em campo – não sabia se abria um pouco para buscar o empate ou se fechava a casinha para não levar mais. Depois do gol de Lukaku, o desânimo era geral. Quando precisou minimamente ir para cima para tentar alguma coisa, faltou qualidade. Um time esforçado, mas só. Deve perder as três partidas do grupo G.
Inglaterra: Harry Kane salva no fim
Nosso prognóstico dizia: Inglaterra ganha, mas não encanta. Foi exatamente o que aconteceu! O time começou com tudo e poderia ter resolvido o jogo já nos minutos iniciais, entretanto, os ingleses desperdiçaram várias chances e não conseguiram, em um primeiro momento, se aproveitar de um time assustado para resolver a parada logo de cara. Após dois gols incríveis perdidos por Lingard, Harry Kane provou que realmente vive um momento espetacular abrindo o placar em um rebote de escanteio aos dez da primeira etapa. Primeiro gol dele em Copas do Mundo!
Depois de sair na frente, a Inglaterra se acomodou um pouco com o resultado e não pressionava mais como outrora. O jogo estava muito fácil – até Walker cometer um pênalti bobo aos 32 da etapa inicial. Sassi colocou no canto esquerdo e sacramentou o 1 a 1 no intervalo.
Toda aquela intensidade deu lugar ao nervosismo – o jovem time simplesmente não tinha alguém que fizesse uma jogada individual e furasse o ferrolho tunisiano. Quando o English Team parecia até meio conformado com o empate, o faro do artilheiro apareceu: Kane guardou o seu segundo gol em um escanteio e conseguiu salvar os ingleses de mais um vexame na estreia. Devem sofrer um pouco contra o Panamá, mas precisam mostrar muito mais para fazer frente à Bélgica.
Tunísia: time organizado, mas falta talento
Após um início de jogo horrível, a Tunísia parece ter se encontrado depois que a Inglaterra se acomodou na vantagem. Mesmo sem muito brilhantismo, o time adiantou a marcação e foi coroado com um pênalti no fim da etapa inicial. Infração infantil de Walker! Sassi guardou no barbante e deixou tudo igual antes do intervalo.
Muito bem organizado, o time soube se fechar no moderno 4-5-1 e conseguiu neutralizar o ataque inglês em grande parte do segundo tempo. Quando os africanos já comemoravam o empate nas arquibancadas, veio o castigo: Harry Kane achou um gol de escanteio nos acréscimos e jogou todo o esforço dos jogadores no lixo. A tendência é que façam um jogo decente contra a Bélgica, mas a classificação nesse momento é quase impossível.
Jogos da segunda rodada do Grupo G da Copa do Mundo
Sábado, 23 de junho:
- 09h00: Bélgica x Tunísia – palpite: Bélgica 2 a 0
Domingo, 24 de junho:
- 09h00: Inglaterra x Panamá – palpite: Inglaterra 2 a 0
ATUALIZAÇÃO ANTERIOR: 03/01/2018
Belgas e ingleses têm todo favoritismo para conquistarem as duas vagas do grupo.
Por Flávio Soares
As seleções da Bélgica e da Inglaterra não tem do que reclamar no sorteio da Copa do Mundo da Rússia: dividindo o Grupo G com as seleções de Panamá e Tunísia, os Red Devils e o English Team são – antes do início da competição – os grandes favoritos para ficarem com as duas vagas do grupo, aguardando pelos vencedores do Grupo H (outro que ficou complicadinho após o sorteio).
Bélgica
Líder invicta do Grupo H nas Eliminatórias Européias para a Copa do Mundo, com 9 vitórias e apenas 1 empate, a seleção da Bélgica sobrou na fase de classificação e fez valer a sua superioridade no grupo que tinha ainda as seleções de Grêcia, Bôsnia, Estônia, Chipre e Gibraltar, e se classificou com um aproveitamento de 93,3%.
Chega para a Copa do Mundo da Rússia como cabeça de chave e liderada pelo talento de Eden Hazard, meia-atacante que há algum tempo segue atuando em alto nível pelo Chelsea. Mais envelhecida e experiente que o grupo que também passou invicto pelas eliminatórias e disputou a Copa do Mundo no Brasil em 2014 – e chegou às quartas de final, sendo derrotado, então, pela Argentina –, a seleção belga conta ainda com os talentos do goleiro Courtois (Chelsea), do meia Dembélé (Tottenham) e do atacante Lukaku (Manchester United).
Chegará à Rússia disposta a extrair o máximo de sua geração mais talentosa no futebol e para assumir de vez um papel de protagonista nos mundiais. É candidata ao título, mas sem o mesmo favoritismo de França, Alemanha, Brasil, Espanha e Portugal.
Panamá
Embora seja considerada uma equipe em evolução dentro da Concacaf e tenha conseguido se classificar para a Copa do Mundo da Rússia sem depender de repescagem ao se garantir em terceiro lugar no hexagonal final das eliminatórias – deixando para trás, por exemplo, a Seleção dos Estados Unidos que não ficava fora de uma Copa desde 1994 –, a Seleção do Panamá não fez uma campanha de encher os olhos e teve um aproveitamento de apenas 43,3% em sua caminhada rumo à Rússia com 3 vitórias, 4 empates e 3 derrotas em 10 jogos (nos últimos 5, foram 2 derrotas, 2 vitórias e 1 empate).
Liderada pelo (e dependente do) talento do veterano atacante Luis Tejada, de 35 anos, a seleção panamenha desembarca para sua primeira Copa do Mundo sem grandes ambições, consciente de que chegar ao “evento principal” foi um grande feito e que avançar além da fase de grupos é pouco provável.
Tunísia
Líder invicta do Grupo A das Eliminatórias Africanas, com 77,8% de aproveitamento em 4 vitórias e 2 empates, a Tunísia, campeã da Copa das Nações Africanas em 2004, chega para sua 5ª Copa do Mundo com o objetivo de, pela primeira vez na história, avançar além da fase de grupos.
Para isso, dependerá muito do talento do meia Wahbi Khazri – pertencente ao Sunderland e que atua, por empréstimo, no Rennes. É nos pés do camisa 10 que estão depositadas todas as esperanças da seleção, que entrou para a história 40 anos antes, em 1978, na Copa da Argentina, ao se tornar a primeira equipe africana a vencer um jogo de Copa quando derrotou o México por 3 a 1. Este é, até hoje, o melhor desempenho da Seleção da Tunísia em uma Copa do Mundo (1 empate, 1 vitória e 1 derrota).
Inglaterra
A Seleção da Inglaterra, campeã mundial em 1966, chega para sua 15ª Copa do Mundo sob o comando do técnico Gareth Southgate – que não é nenhuma unanimidade entre os súditos da rainha Elizabeth, assim como não era o seu antecessor, Sam Allardyce, o breve, que assumiu a equipe no lugar de Roy Hodgson, comandante do English Team entre 2012 e 2016. Allardyce caiu no mesmo ano e deu lugar ao interino/definitivo Southgate.
Apesar de toda a “bagunça” com os técnicos – que quase azedou o chá em Windsor – a seleção inglesa conseguiu sua classificação para a Copa do Mundo com relativa tranquilidade. Líder invicta do Grupo F nas eliminatórias, a equipe conquistou 8 vitórias e 2 empates, obtendo um aproveitamento de 86,7%, que arrancou aplausos discretos do príncipe William.
A seleção chega para a Copa, evidentemente, com algum favoritismo na luta pelo título, mas, assim como a Bélgica, está atrás dos “pesos-pesados” (França, Alemanha, Brasil, Espanha e Portugal).
As esperanças – e liderança – da seleção inglesa estão nos pés de Harry Kane, atacante do Tottenham que faz uma temporada excepcional na Premier League e é o símbolo máximo da renovação pela qual passou o English Team desde a última Copa do Mundo.
Quem avança
Difícil imaginar uma cenário que não contemple Bélgica e Inglaterra com as duas vagas do grupo. Mais difícil ainda é imaginar Panamá ou Tunísia com uma das vagas. Os favoritos devem se classificar e o grande jogo do grupo deverá ser – é claro – o confronto direto entre ingleses e belgas que encerrará o grupo dia 28 de junho, as 15h, no Estádio Kaliningrado e deverá definir quem se classifica em primeiro lugar e quem leva a segunda vaga.
Continuando
Amanhã encerramos a nossa série de artigos sobre a Copa do Mundo, analisando o Grupo H formado por Colômbia, Japão, Polônia e Senegal.
O que foi dito até aqui
Clique nos grupos para ler os demais artigos de nossa série especial sobre a Copa do Mundo.