Humor

Paixão Nacional: ligeirinho

A Síndrome do Dedo Nervoso fez a sua primeira vítima em 2018: Juninho Capixaba. O promissor lateral-esquerdo do Bahia – sonho de consumo do Corinthians desde que Guilherme Arana descobriu as maravilhas da culinária espanhola e se mudou com mala e cuia para Sevilla –, se antecipou aos fatos e publicou em sua conta pessoal no Instagram uma mensagem se despedindo do Bahia, fazendo juras de amor ao clube, prometendo voltar e toda aquela papagaiada que jogador fala quando está mudando de time.

No caso de Juninho, faltou apenas combinar com a diretoria do tricolor baiano, que tirou as calças e pisou em cima quando viu a postagem de seu atleta e rapidamente comunicou à imprensa que a negociação com o Corinthians estava suspensa, que o lateral estava “forçando a barra pra sair” e toda aquela papagaiada que os cartolas dizem quando um atleta ainda sob contrato faz uma bobagem dessas.

Como se isto não bastasse para complicar as coisas, o Bahia também e assustou com o salário de Moisés – que iria por empréstimo para o tricolor como parte do negócio. O goleiro Douglas, que retornou do Avaí também faz parte do negócio e iria em definitivo para o clube baiano – e, neste caso, o Corinthians não pagaria nada em relação aos salários de Moisés.

A verborragia digital de Juninho foi apenas a cerejinha do bolo de uma negociação que se arrasta desde de dezembro e que, ao que tudo indica, será resolvida com dinheiro: basta o Timão aumentar a parte da “compensação financeira” proposta no negócio que tudo estará resolvido – e Moisés até poderá continuar no Parque São Jorge.