Humor

Paixão Nacional: não tenho nada com isso

Não é de hoje que cartolas e técnicos não falam a mesma língua dentro dos clubes de futebol. Não são raros os momentos em que os presidentes decidem algo que atrapalha a vida dos “professores” e ainda serve para alimentar a fogueira das torcidas. O São Paulo – que ainda não se livrou dos problemas de desempenho de 2017 – continua rendendo assunto. O clube, que já teve Diego Lugano apelidado de “zagueiro do presidente” em sua chegada – antes de se tornar ídolo no Morumbi – contratou Nenê (do Vasco) e Tréllez (do Vitória). Quando perguntado sobre os jogadores na entrevista coletiva após a derrota por 2 a 1 para o Corinthians, no último sábado, dia 27, pelo Campeonato Paulista, Dorival Júnior não escondeu de ninguém que os nomes dos dois atletas não estavam na sua lista de desejos para reforçar o elenco tricolor.

Agora, Dorival terá que arrumar espaço para os “reforços” trazidos pela diretoria que, embora não tenham a sua predileção, não entraram em campo e já caíram no agrado da torcida que ontem, na vitória por 1 a 0 sobre o Madureira pela Copa do Brasil, não poupou vaias ao time e nem gritos de “burro” ao professor.

Há também os casos dos atletas que simplesmente não chegam. Como o que acontece com o Corinthians.

Desde a saída de Jô, o técnico Fábio Carille pede por um susbstituto que possa assumir a posição de centro-avante na equipe. Tréllez, antes de ir para o São Paulo, foi cogitado. Henrique Dourado também – até que o presidente em fim de mandato, Roberto de Andrade, tirou as calças, pisou em cima e disse que na gestão dele, não tem negócio com o artilheiro do Brasileirão de 2017 que, agora, está em vias de assinar com o Flamengo. Enquanto o presidente segue criando problemas, Carille e a fiel torcida seguem pagando seus pecados e o karma da humanidade vendo Kazim apanhar da bola no comando de ataque alvinegro.

E amanhã, quando os resultados não chegarem, os técnicos serão premiados com a demissão e os cartolas seguirão fazendo suas tradicionais lambanças.