Brasil x México: Pegando carona no retrospecto contra os mexicanos, Seleção Brasileira é favorita nas oitavas de final da Copa do Mundo
Com vantagem histórica no confronto, equipe pentacampeã mundial quer evitar eliminação precoce; superioridade nos últimos 14 jogos faz latinos acreditarem na classificação
Depois de uma primeira fase sem brilho, a Seleção Brasileira entra nesta segunda-feira (2 de julho), às 11h, na reta final da Copa do Mundo. O Brasil pega nas oitavas de final um velho conhecido, que apesar da freguesia em Mundiais, tem sido um verdadeiro carrasco nos recentes confrontos entre os países. Estamos falando do México, de Chicharito Hernández, responsável direto pela eliminação precoce da atual campeã Alemanha e que tenta derrubar mais um multicampeão mundial. O embate em Samara coloca novamente Neymar e Ochoa frente a frente, este que chega motivadíssimo após se destacar na fase de grupos. Quem irá vencer este duelo e, provavelmente enfrentar a favorita Bélgica, que pega o azarão Japão?
Retrospecto
O Brasil que entra campo logo mais leva ampla vantagem contra o México, tendo 23 vitórias, 10 derrotas e sete empates em 40 jogos. Isso é reforçado quando analisamos as partidas de Copa do Mundo, que tiveram quatro triunfos brasileiros e um empate (todos em jogos de primeira fase). Este último, há quatro anos, em 0x0 durante o torneio em território brasileiro em que Ochoa segurou Neymar, Fred e companhia. Vale lembrar que seleção nunca tomou gol dos vizinhos em mundiais.
Mas a situação muda de figura se lembrarmos do histórico recente. Isso porque os mexicanos possuem seis vitórias, contra cinco brasileiras, e três igualdades. O El Tri ainda tem 100% de aproveitamento em todas as decisões com o Brasil. Foram quatro títulos sobre o país tupiniquim: Copa Ouro de 1996 (2×1), Copa das Confederações de 1999 (4×3), Copa Ouro de 2003 (1×0) e Jogos Olímpicos de Londres (2×1). É bem verdade que em parte delas o nosso país não atuou com força máxima, mas isto não importa, não é?!
Evolução brasileira
A ansiedade da primeira fase já é coisa do passado. Depois dos problemas na estreia contra a Suíça (1×1) e vitória sofrida sobre a Costa Rica (2×0), o Brasil evoluiu contra a Sérvia (2×0) e definiu sua passagem para as oitavas com o primeiro lugar do Grupo E. A preocupação inicial com Neymar nas primeiras rodadas, que parecia ainda fora de ritmo e um pouco egoísta nas decisões em campo, foi minimizada com o desempenho da última quarta-feira.
Dor de cabeça
A Seleção Brasileira ainda tenta superar os problemas médicos que têm sido frequentes desde a chegada na Rússia. Depois do lateral Danilo “estrear” o departamento médico, Douglas Costa, que entrou muito bem contra a Costa Rica, e recentemente Marcelo, que saiu de campo ainda na primeira etapa do duelo com a Sérvia, são as novas dores de cabeça do técnico Tite.
Apesar da preocupação com o reserva Fagner, que chegou à Copa se recuperando de lesão, o lateral do Corinthians deu conta do recado nas duas partidas em que atuou e deve ser mantido na equipe, mesmo com a volta de Danilo. Já o ponta da Juventus seguirá no estaleiro, sendo uma importante ausência para o técnico brasileiro mudar a equipe, caso seja necessário. Já Marcelo, que foi substituído muito bem por Filipe Luís, deve ser opção no banco de reservas.
Ânimo x desconfiança
O México que enfrenta o Brasil chega embalado pela classificação na chave da morte da Copa do Mundo, ao terminar o Grupo F, que tinha Alemanha, Suécia e Coreia do Sul, na vice-liderança. A campanha (seis pontos) teve como auge a vitória sobre os atuais campeões mundiais logo na estreia, por 1×0. O triunfo foi a dose de ânimo necessária para a seleção El Tri, de Chicarito Hernández, bater os coreanos (2×0) e decidirem a vaga contra os suecos.
Da mesma forma que o bom futebol apresentado durante os primeiros dois jogos levou os torcedores mexicanos à euforia, a goleada sofrida para a Suécia por 3×0 derrubou toda a expectativa criada. Pior, se não fosse o novo vexame alemão (derrota para Coreia do Sul), o México estaria fora das oitavas.
Palpite
Está aí um jogo muito perigoso para a Seleção Brasileira, mas que pode ser necessário para Neymar e companhia ganharem ainda mais confiança rumo ao hexacampeonato. Não espere nada diferente do Brasil. Com um time focado na posse de bola, os comandados de Tite devem ficar com ela na maior parte do tempo, tentando abrir espaço, principalmente pelas pontas, com Neymar (esquerda) e Willian (direita).
O modo ofensivo do México, uma característica do país e do treinador Juan Carlos Osorio, pode facilitar este “espaço vazio” buscado pelos jogadores tupiniquins, que podem ser representados por mais uma boa atuação de Philippe Coutinho. Porém, a facilidade que os mexicanos têm para encaixar um contra-ataque, como vimos no inédito triunfo sobre a Alemanha através das jogadas do trio Carlos Vela, Chicharito Hernández e Lozano, são um alerta em Tite.
Ainda assim, o Brasil é favorito para furar a barreira mexicana, que tem o nome de Ochoa, o goleiro com mais defesas difíceis – total de 17 – nesta edição. Apesar do paredão do El Tri, Neymar e sua trupe devem desbancar o arqueiro, em placar de 2×1.
Jogos das oitavas de final da Copa do Mundo 2018
Sábado, 30 de junho
- 11:00 – França 4×3 Argentina
- 15:00 – Uruguai 2×1 Portugal
Domingo, 1º de julho
- 11:00 – Espanha 1×1 Rússia (Pênaltis: 2×4)
- 15:00 – Croácia 1×1 Dinamarca (Pênaltis: 3×2)
Segunda-feira, 2 de julho
- 11:00 – Brasil 2×0 México
- 15:00 – Bélgica 3×2 Japão
Terça-feira, 3 de julho
- 11:00 – Suécia x Suíça – Palpite: Suécia
- 15:00 – Colômbia x Inglaterra – Palpite: Colômbia