Andrés Iniesta se despede da seleção da Espanha
Roja precisa se renovar para a Eurocopa de 2020
Bem que a federação nacional poderia marcar um amistoso festivo para marcar sua despedida… mas já é certo afirmar que nunca mais veremos Andrés Iniesta correndo em campo com a camisa da seleção espanhola. Já estava em seus planos se aposentar da esquadra nacional após a Copa do Mundo de 2018. Obviamente, ele queria o título. Como não deu para dar a volta olímpica, seu adeus veio após a disputa de pênaltis contra a Rússia nas oitavas de final.
O início da carreira
Andrés Iniesta Luján nasceu em 11 de maio de 1984 no vilarejo de Fuentealbilla, localizado na província de Albacete, em Castela La Mancha. Por isso, ele começou nas categorias do Albacete em 1994 e lá ficou até 1996. Enrique Orizaola, técnico da base do Barcelona da época, o observou num torneio nacional de futebol de sete e decidiu o levar para a La Masía, centro de formação do Barcelona. Ali ele desenvolveu seu corpo e seu futebol até 2001.
Em 2000, ele foi convocado pela primeira vez para a seleção espanhola. Foi na categoria sub-15. Até 2003, seu nome era quase que automático nas listas de convocação. Ele passou em dois anos pela sub-16, sub-17, sub-19, sub-20 e sub-21.
Paralelamente, na temporada 2000/01, o Barcelona o profissionalizou e ele debutou no Barcelona “B”, equipe filial, que nesta época participava da segunda división B (terceira divisão). Foi por este time, que Iniesta marcou seu primeiro gol como profissional.
O auge
O mundo passou a conhecer Iniesta quando ele finalmente foi promovido ao quadro principal do Barcelona. Sua estreia foi em 2002 e ele ficou por lá até maio de 2018. Foram 442 partidas com a camisa azul e grená. Ele balançou as redes 35 vezes.
Pelo Barça, ele conquistou três Mundiais Interclubes, quatro Champions Leagues, nove Campeonatos Espanhol, seis Copas do Rei, seis Supercopas Espanhola e duas Supercopas da UEFA.
Pele Fúria, ele jogou pela sub-21 até 2006 e, desde então, pelo combinado principal. Foi ele quem marcou o gol do título da Copa do Mundo de 2010. Outros troféus importantes que seu talento ajudou a levantar foram os das Eurocopas de 2008 e 2012, da Eurocopa sub-19 de 2002 e da Eurocopa sub-17 de 2001.
Entre muitos prêmios individuais acumulados ao longo de sua trajetória, destaco os seguintes: Golden Foot de 2014, Onze de Bronze de 2009, Onze d’Argent de 2011, Seleção da Eurocopa de 2008 e 2012, Dream Team da FIFA de 2010, Prêmio Príncipe de Astúrias de 2010 e Prêmio da Rainha Sofia de 2017.
Ele disputou quatro Copas do Mundo: Alemanha 2006, África do Sul 2010, Brasil 2014 e Rússia 2018.
Futuro
Já se especulava há muitos meses se Iniesta iria continuar no Barcelona ou não após o fim de seu contrato, que expirou ao término da temporada 2017/18. Ele decidiu ficar mais rico do que já é e jogar numa liga menos competitiva que a espanhola. Assim, em 24 de maio último, o Vissel Kobe japonês anunciou sua contratação.
Andrés Iniesta assinou por três anos e seu novo empregador aparece em sexto lugar na atual J-League. Caso se classifique, o craque espanhol poderá competir na Champions League da Ásia, cujo nível técnico também é bem mais modesto que sua equivalente do Velho Mundo.