WNBA

O que esperar do All-Star Game da WNBA, neste sábado?

O que esperar da primeira edição do All-Star Game da WNBA.
Foto: David Dennis/Icon Sportswire via Getty Images

Badalado encontro das melhores jogadoras do basquete feminino ocorre pela primeira vez em Minnesota, às 17h30 (de Brasília) deste sábado (28)                       

A WNBA está em festa. De hoje até sábado, o único assunto que realmente mobiliza a liga e os fãs do basquete feminino vai ser o All-Star Game, que realiza a sua 15ª edição neste sábado (28) no Target Center, em Minneapolis, casa do Minnesota Lynx, atual campeão da liga.

Parecido, mas não igual

O modelo a ser seguido, claro, é o All-Star Game da NBA, mas algumas adaptações óbvias são feitas para o basquete feminino. Uma das mudanças é a extinção do concurso de enterradas, deixando as atrações especiais mais centradas no campeonato de três pontos, que desta vez conta com seis participantes: Allie Quigley (do Chicago Sky), Kayla McBride (Las Vegas Aces), Kelsey Mitchell (Indiana Fever), Renee Montgomery (Atlanta Dream), Allie Quigley (Chicago Sky) e Kristi Toliver (Washington Mystics).

De todas, quem tem melhor índice de acertos na temporada regular é Quigley, que converte nada menos que 43,7% das suas tentativas.

Algo que a WNBA adota neste ano e que reserva grande semelhança com o modelo masculino é a divisão de equipes de acordo com os seus capitães. Assim como a NBA teve o “Time LeBron” e o “Time Curry” na última edição, desta vez as melhores serão divididas em dois grupos, a equipe de Elena Delle Donne, do Washington Mystics, e a equipe de Candance Parker, do Los Angeles Sparks.

O time Delle Donne vai contar com Seimone Augustus (Minnesota Lynx), Sue Bird (Seattle Storm), DeWanna Bonner (Phoenix Mercury), Sylvia Fowles (Minnesota), Brittney Griner (Phoenix), Kayla McBride (Las Vegas Aces), Breanna Stewart (Seattle), Diana Taurasi (Phoenix), Kristi Toliver (Washington) e A’ja Wilson (Las Vegas).

As companheiras escolhidas por Parker serão Liz Cambage (Dallas Wings), Tina Charles (New York Liberty), Skylar Diggins-Smith (Dallas), Chelsea Gray (Los Angeles), Jewell Loyd (Seattle), Angel McCoughtry (Atlanta Dream), Maya Moore (Minnesota), Chiney Ogwumike (Connecticut Sun), Rebekkah Brunson (Minnesota Lynx) e Allie Quigley (Chicago Sky).

 

Cambage, o novo fenômeno

Acostumada a celebrar a agressividade de pivôs que devoram o garrafão e a rapidez de alas e armadoras que percorrem a quadra com rapidez e tem eficiência espantosa nos arremessos, a WNBA conta hoje com uma atleta capaz de realmente escrever sua própria história na liga. Estamos falando de Liz Cambage, pivô do Dallas Wings, que está com 26 anos e demonstra uma força descomunal para vencer as adversárias e garantir altas pontuações para a sua equipe.

No último dia 17, por exemplo, ela foi determinante na vitória do Dallas sobre o New York Liberty por 104 a 87. Nascida na Inglaterra e naturalizada australiana, Liz anotou simplesmente 53 pontos, batendo o recorde em uma só partida da WNBA, superando Riquna Williams e seus 51 em 2013.

Liz foi realmente um espanto em quadra. Dos 22 arremessos que tentou, acertou 17, garantindo uma efetividade ao redor dos 80%. Ela tem 2,03 metros e consegue controlar as adversárias com uma predominância física digna de Shaquille O’Neal. “Eu tive ótimos números jogando na China e ótimos números na Austrália. Eu ouvi muita gente dizer que eu não conseguiria ter o mesmo desempenho na WNBA. Acho que esse jogo vai para todos eles” disse Cambage, em resposta aos críticos que avaliavam de maneira negativa a sua chegada ao melhor basquete do mundo.

 

Crescimento constante

A WNBA vive hoje o seu período de maior popularidade, de acordo com uma matéria divulgada na revista “Forbes” neste mês. A decolagem da liga feminina representa um aumento de 36% em sua audiência geral nas TVs dos EUA, com 50% deste crescimento ocorrendo porque as mulheres hoje param mais para ver os jogos da WNBA.

Tanto a WNBA quando a NBA têm ações casadas que ajudam a justificar este aumento de audiência. Nas redes sociais, por exemplo, a tag #WatchMeWork (“Veja-me trabalhar”) consegue índices que deixam satisfeitas as organizações de ambos os campeonatos.

O perfil da WNBA nas três maiores redes (Instagram, Twitter e Facebook) é atualizado a cada instante, especialmente durante as partidas, somando 14 milhões de curtidas e seguidores nas plataformas. O sucesso se vê também nos ginásios. Na última temporada, a WNBA registrou o maior número total de torcedores (1.574.078) e a maior média de público por jogo (7.716 espectadores) desde 2011.

Uma das razões evidentes da WNBA conseguir bons índices de audiência tem a ver com a competição ocorrer na entressafra dos campeonatos da NBA, conseguindo cooptar os fãs de basquete que não têm a liga principal para acompanhar.

A WNBA começou no dia 18 de maio e vai terminar em 16 de setembro, enquanto a NBA abre sua interminável temporada regular em agosto.

São 12 as franquias participantes do basquete feminino, e o Minnesota Lynx é o atual campeão. O líder da temporada regular é o Seattle Storm, com 19 vitórias e 7 derrotas.