WNBA

Seattle Storm precisa apenas de uma vitória sobre o Washington Mystics para ser tricampeão da WNBA

Washington Mystics X Seattle Storm na final da WNBA
Foto: Lindsey Wasson/Getty Images

Time de melhor campanha na temporada regular abriu vantagem de 2×0 na série de cinco partidas da decisão

As finais da WNBA podem chegar a uma definição na noite desta quarta-feira (12). O Seattle Storm ficou em situação extremamente confortável depois de vencer em casa os dois primeiros jogos da melhor de cinco diante do Washington Mystics, e agora iniciará a sequência de partidas como visitante precisando apenas de mais um triunfo para conquistar o título. O terceiro duelo da decisão acontece às 21 horas (horário de Brasília), na George Mason University’s EagleBank Arena, na cidade de Fairfax, um subúrbio ao sudeste da capital norte-americana.

Em casa, Seattle Storm larga na frente

A série melhor de cinco da grande final da WNBA teve início na última sexta-feira (07), e o Seattle Storm confirmou seu favoritismo com uma vitória relativamente tranquila pelo placar de 89 a 76. Foi na segunda partida, disputada na noite de domingo (09), que o Washington Mystics mostrou porque é um dos postulantes ao título, e dificultou a vida das donas da casa na Key Arena.

Dentro de suas características, o Storm começou o jogo partindo para cima. As anfitriãs abriram nove pontos de vantagem no primeiro quarto, seis deles anotados pela principal jogadora do time, a ala Breanna Stewart. O segundo teve início com uma cesta de três da australiana Sami Whitcomb, aumentando ainda mais a diferença. Ninguém contava, no entanto, com a espetacular reação do Washington Mystics, que venceu o quarto por 24 a 11, virou o placar, e terminou o primeiro tempo quatro pontos à frente das favoritas.

A segunda etapa começou com o Seattle Storm procurando agredir. O time mais uma vez foi o primeiro a acertar a cesta, e não tardou a transformar o déficit de quatro pontos em vantagem de três. As visitantes também deram nova demonstração de valentia, e não sucumbiram a esta pressão inicial. O quarto mais equilibrado da partida terminou 22 a 21 para as anfitriãs, o que conferia ao Washington Mystics uma vantagem de três pontos antes da etapa final.

Foi no derradeiro quarto do duelo que o Storm fez jus ao nome. Seguindo o padrão dos outros três, o time foi o primeiro a tomar a iniciativa, mas desta vez simplesmente passou por cima das adversárias, chegando a abrir uma contagem de 7 a 0 em apenas dois minutos. Depois de abrir uma vantagem de cinco pontos, o time pôs o pé no freio e passou sufoco nos minutos finais, mas acabou fazendo valer o favoritismo para ficar muito próximo do título com os 2×0 na melhor de cinco.

Vale ressaltar que desde que a WNBA começou a ser decidida neste formato, em 2005, nenhum time conseguiu forçar o quinto jogo depois de perder os dois primeiros.

Conquista pode coroar o time de melhor campanha

Liderado pela ala Breanna Stewart, autora de 25 pontos no segundo jogo da final, e candidata à MVP, prêmio conferido à melhor jogadora da competição, o Seattle Storm foi o time mais consistente ao longo de toda a temporada, e não por acaso chegou como favorito à decisão.

A equipe sobrou na Conferência Oeste, terminando sua participação em primeiro lugar, com 26 vitórias e oito derrotas. Nos playoffs, o Seattle superou o Phoenix Mercury para se qualificar à disputa do título.

Entretanto, apesar do final feliz, a semifinal pode servir como um bom alerta para que as atletas mantenham o pé no chão. Na ocasião, o Storm também venceu os dois primeiros jogos, mas permitiu que o Phoenix Mercury empatasse a série, levando a decisão para o quinto duelo.

O sufoco para chegar ao triunfo no último domingo mostrou que o time precisará suar a camisa para levantar o caneco pela terceira vez.

Washington Mystics ainda não jogou a toalha

O Washington Mystics teve o pior aproveitamento em arremessos de três pontos da história dos playoffs no segundo jogo da final. O time errou todas as 16 tentativas, e acertou apenas três de 37 arremessos no somatório das duas partidas, perdendo assim uma de suas principais armas ofensivas. Ao longo da competição, o Mystics foi o quinto melhor time neste quesito em toda a WNBA.

Para chegar à primeira final de sua história, o time da capital realizou a segunda melhor campanha da Conferência Leste, e a terceira no geral, ao longo da temporada regular. Foram 22 vitórias e 12 derrotas no total, números consideravelmente inferiores aos do Seattle Storm.

Entretanto, os Mystics brilharam nos playoffs, primeiro ao atropelar o Los Angeles Sparks por 96 a 64 em partida única, e posteriormente ao superar o Atlanta Dream na melhor de cinco, depois de estar perdendo por 2×1. Sabendo da dificuldade das adversárias quando jogam fora de Seattle, o Washington mantém vivas suas esperanças.

Sem poder mandar a partida na Capital One Arena, que está em obras, tampouco no Charles Smith Center, sua segunda casa, também indisponível, o Mystics levou a decisão para a EagleBank Arena, localizada a cerca de 25 km da capital, na cidade de Fairfax. Com isso, o fator casa deverá ser bastante atenuado.

Palpite

O Washington Mystics subiu de produção no segundo jogo das finais, e esteve muito próximo de empatar a série. Ao jogar fora de Seattle, pode ser que consiga aprontar para cima dos Storms.

Porém, a vantagem de 2×0 em uma melhor de cinco deixa os visitantes com as duas mãos na taça. Acredito que a conquista será sacramentada na sexta-feira (14), data programada para o quarto duelo da decisão.

Finais da WNBA

  • 07/09 – Seattle Storm 89×76 Washington Mystics
  • 09/09 – Seattle Storm 75×73 Washington Mystics
  • 12/09 – Washington Mystics x Seattle Storm
  • 14/09 – Washington Mystics x Seattle Storm
  • 16/09 – Seattle Storm x Washington Mystics