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Nocaute de Mauricio Shogun no UFC Austrália mostra que estratégia pode significar longevidade

Mauricio Shogun nocauteia Tyson Pedro no UFC Austrália
Foto: Divulgação / UFC

O UFC Fight Night que aconteceu em Melbourne, Austrália, neste sábado, reservou uma grata surpresa aos fãs brasileiros – e não-brasileiros também, por que não? Depois de ser atropelado com um nocaute em menos de um minuto e meio em sua última apresentação no octógono, o que deu um banho de água fria nos amantes de lutas que sonhavam vê-lo disputando o cinturão dos meio-pesados, Mauricio Shogun, maior azarão do show, quebrou a banca e superou Tyson Pedro com uma vitória por nocaute espetacular, de virada, no terceiro round. Uma luta cheia de emoção que mostrou o caminho que Shogun deve continuar seguindo para queimar a lenha que ainda tem.

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Tyson Pedro está longe de ser um bicho papão na categoria dos meio-pesados. Mas, por uma questão de argumentos, ele chegou como o maior favorito da noite contra Shogun. Dez anos mais novo, com um cartel de três vitórias em cinco lutas no UFC, lutando em casa (ele é australiano) e diante de um ex-campeão que fora nocauteado por um jovem talento de forma arrasadora na última luta, realmente não havia como não tratá-lo como favorito. Mas é por isso que amamos o MMA. Ele nos engana a todo tempo e nos faz lembrar que quando dois homens são trancados dentro de um cage, não importa o que aconteceu antes ou depois. Números e estatísticas podem até nos guiar até um palpite certeiro, mas no fim das contas a historia é escrita ali, na hora.

Mauricio Shogun tem 37 anos, mas já fez muito pelo esporte. Já foi campeão do Pride, campeão do UFC e protagonizou lutas históricas contra nomes como Rogério Minotouro, Dan Henderson, Lyoto Machida, Forrest Griffin… Hoje, ele não é mais um garoto. No início da luta contra Tyson, ele quase lembrou disso. Anthony Smith não permitiu que ele pudesse colocar a cabeça no lugar. Já Pedro, não capitalizou um ótimo momento no primeiro round e deu chance para que Shogun se lembrasse que à essa altura da carreira, se ele seguir uma estratégia inteligente, ele ainda pode, sim, lutar em alto nível na categoria dos meio-pesados do UFC.

O brasileiro não tem mais a menor condição de trocar porrada em ritmo insano no “tudo ou nada” com esses lutadores jovens. É claro que ele ainda tem potência para nocautear, mas não vale mais a pena. É um jogo de loteria, roleta-russa, chame do que quiser chamar. Quando ele entra no raio de ação dos rivais, leva perigo, mas o risco de cair abalado parece muito maior. Contra Tyson Pedro foi assim. No primeiro assalto, após começar de forma inteligente, se movimentando e escolhendo bem as brechas para atacar, Shogun foi acertado e decidiu trocar porrada no estilo kamikaze – leia-se de forma afoita, abaixando a cabeça e lançando bombas ao mesmo tempo que era atingido. Isso lhe rendeu um abalo que o fez andar para traz e o colocou numa tempestade onde ele tomou direto, joelhada e um gancho potentíssimo. Só ficou de pé porque além de ser um guerreiro único no MMA, Tyson errou ao tentar derrubá-lo e não seguir batendo de pé. Ali deu sorte.

O brasileiro usou o segundo round para recuperar o gás, se reencontrar na luta e trabalhar de forma inteligente. Após o susto, com o sangue no rosto que parece ter alguma substância que o faz acordar na luta, o ex-campeão agiu da forma correta. Ouviu os treinadores em seu córner, obedeceu os comandos e não se expôs mais. No terceiro round, depois de encurralar Pedro, Shogun encaixou seu poderoso direto, que aliado a uma pisada errada que magoou o joelho do rival, culminou na queda do australiano e abriu caminho para o triunfo de virada de Shogun.

Vitória para lavar a alma do brasileiro. Depois do nocaute relâmpago sofrido contra Anthony Smith que logo faz a gente pensar em aposentar o brasileiro, Shogun logo voltou ao octógono e mostrou que tem ainda lenha para queimar, desde que lute dessa forma inteligente e paciente. Embora seja uma lenda, aceitar que a idade e as diversas batalhas que já encarou na carreira deixaram marcas, é o primeiro passo para sua longevidade no octógono do UFC.