O UFC revolucionou o mundo dos esportes. Com a queda de popularidade do boxe nas últimas décadas, as lutas tinham perdido espaço no gosto dos torcedores. Mas a criação do MMA (ou artes marciais mistas) transformou esse panorama. E o Ultimate Fighting Championship, marca que virou praticamente sinônimo da modalidade, é o grande responsável por isso. O torneio que reúne os melhores lutadores de MMA do planeta não para de crescer, realizando eventos em todas as partes do mundo e elevando seus atletas – como Anderson Silva, Jon Jones, Ronda Rousey e Conor McGregor – ao patamar de ídolos internacionais. Melhor para quem é fã das apostas esportivas na internet: eles ganharam mais uma opção para se divertir e lucrar com seus palpites.
Os esportes de combate sempre foram ligados ao mundo das apostas. No boxe, as cotações dos lutadores antes de um duelo valendo o cinturão eram debatidas por fãs e apostadores. Hoje, porém, o torcedor fica de olho nos odds das casas de apostas online para atletas como Daniel Cormier, Cris Cyborg, Khabib Nurmagomedov e José Aldo. Esse é o resultado de um processo de popularização da modalidade, que deixou de ser encarado como um esporte para poucos, excessivamente violento e sem regras, para disputar as atenções do torcedor comum. Os grandes responsáveis por isso são Dana White e os irmãos Fertita, que compraram o UFC quando o torneio estava em baixa e colocaram a marca no topo do mercado esportivo global.
No Brasil, o UFC ultrapassou modalidades mais tradicionais e passou a ocupar lugar de destaque no noticiário esportivo. Isso se deve não apenas ao sucesso de atletas lendários como Anderson, Royce Gracie, Rodrigo Minotauro e Maurício Shogun. A própria origem do UFC tem raízes no Brasil, já que Rorion Gracie, um dos representantes do famoso clã do jiu-jitsu, é um dos responsáveis diretos pela criação do Ultimate. Ao idealizar um novo esporte em que diferentes tipos de lutas seriam colocadas à prova no octógono, Gracie e outros pioneiros acabaram desenvolvendo uma modalidade emocionante, envolvente e muito divertida – isso para quem não está trocando golpes no cage, é claro. E quando você coloca suas fichas no seu lutador favorito e fatura com um nocaute nos sites de apostas, a torcida fica ainda mais vibrante.
UFC virou sinônimo de MMA
São duas siglas que muitas vezes confundem os torcedores iniciantes. Mas isso é fácil de entender: o UFC é tão forte e influente que, para muita gente, essa palavra significa a mesma coisa que MMA. O Ultimate Fighting Championship é simplesmente o topo dessa nova modalidade, o torneio que reúne os melhores atletas e que tem maior alcance e divulgação no mundo todo. Outros torneios, como Bellator e ONE, também têm lutas e atletas muito bons, mas não conseguem fazer frente ao líder do mercado. Outras marcas muito fortes, como Strikeforce e Pride, acabaram sendo absorvidas pelo UFC. Tudo isso deixa claro: o UFC domina o universo do MMA e tudo gira em torno dele.
Como funciona um evento do UFC
Os fãs mais apaixonados pelo Ultimate conhecem bem o roteiro – e, por mais que seja repetido, ele nunca deixa de aumentar a nossa adrenalina. As luzes da arena se apagam, os lutadores entram ao som das músicas que escolheram, o locutor Bruce Buffer anuncia o combate e a porta do octógono se fecha. A partir daí, tudo pode acontecer. Um evento do UFC não é simplesmente uma competição esportiva, mas também um grande show, com produção caprichada e muitos atrativos. Não é coincidência que personagens como Bruce Buffer, as ring girls Arianny Celeste e Jhenny Andrade, o comentarista Joe Rogan e até os árbitros Herb Dean e Mario Yamasaki tenham virado celebridades do mundo esportivo.
O espetáculo é organizado nos mínimos detalhes, a começar pela divisão dos eventos em diferentes categorias. Os eventos numerados (como UFC 232, por exemplo) são aqueles em que há disputa de cinturão. Já os eventos intitulados Fight Night reúnem lutadores menos badalados, em confrontos que não valem título. Mas esses não deixam de ser grandes shows, já que o Ultimate faz questão de sempre manter seu padrão de espetáculo em todos os eventos. Dependendo do tamanho do show, o número de lutas pode variar. A média é de dez combates por evento, o que garante uma noite cheia de emoções, com várias horas de lutas.
A lista de duelos de um evento do UFC é chamada de card, e se divide em duas partes: o card preliminar, com os atletas de menor destaque, e o card principal, com os astros da noite. O card geralmente é organizado com as lutas em ordem crescente de importância, mas vale a pena ficar de olho também no card preliminar. Para atrair o público e garantir que a arena já comece a lotar desde o início do evento, o UFC costuma colocar combates muito interessantes nessa primeira parte do show. Além disso, o card preliminar também pode apresentar ótimas oportunidades de lucro nas casas de apostas. Basta você saber identificar os odds mais vantajosos.
O tempo de duração de cada evento pode variar. Em algumas noites, o UFC vira um show de nocautes e finalizações, fazendo com que as lutas transcorram em um ritmo bem mais acelerado. Em outros eventos, a maioria das lutas se decide nas papeletas dos jurados, nos resultados por pontos, e isso faz o espetáculo se estender um pouco. A duração dos próprios combates depende também de sua importância no card. As lutas que fecham a noite costumam ser de até cinco rounds de cinco minutos cada. Aliás, todas as lutas valendo cinturão precisam seguir esse formato, mesmo que sejam o co-evento principal (a segunda melhor luta da noite). Os demais combates têm duração máxima de três rounds.
Quais são as regras do UFC?
Muita gente que não conhece MMA se pergunta: afinal, o UFC tem regras ou é vale-tudo? Os tempos de combate livre, sem qualquer limitação de tempo ou tipo de golpe, ficaram para trás. Mesmo nas origens do UFC, quando os combates não tinham separação entre diferentes categorias de peso, já existiam algumas regras básicas, como as de não atacar as partes baixas, não puxar cabelo e não ferir os olhos do oponente. Atualmente, o UFC e os demais torneios profissionais da modalidade obedecem às regras unificadas do MMA, que visam garantir a competitividade das lutas e a segurança dos atletas.
As regras do MMA proíbem o uso de calçados, calças ou quimonos pelos atletas, que são obrigados a usar protetores bucais e genitais. Todos devem usar luvas de dedo aberto. E quando a porta do cage se fecha, há uma série de golpes proibidos. São lances que hoje você só pode ver nos vídeos antigos de vale-tudo no YouTube: cabeçada, cotovelada de cima para baixo, atacar a garganta e chutar a cabeça de um adversário caído (“tiro de meta”), por exemplo. As regras unificadas também proíbem os lutadores de morder ou cuspir no oponente, de fugir do combate ou de adotar qualquer tipo de conduta antidesportiva.
Uma luta do UFC pode terminar de diferentes formas: por finalização (quando um atleta é imobilizado e pede desistência), nocaute ou decisão dos três jurados que acompanham o combate à beira do octógono. Há alguns desfechos mais raros, como empate (quando os dois lutadores somam os mesmos pontos na decisão dos jurados) ou desclassificação (por conduta antidesportiva ou golpes proibidos). Existe também o no contest, que se refere a uma luta sem resultado. Isso acontece, por exemplo, quando um atleta se machuca com um golpe não-intencional do oponente e não pode continuar.
A história do Ultimate Fighting Championship
O primeiro evento do UFC aconteceu em 1993, no estado americano do Colorado. Na época, os organizadores anunciavam o evento como um tira-teima entre os diferentes tipos de lutas: boxe, jiu-jitsu, wrestling, muay thai, caratê, judô… A inspiração para o UFC veio dos eventos em que os representantes da família Gracie usavam o jiu-jitsu para bater lutadores de disciplinas diferentes. Não havia divisão de peso nem limite de tempo. As primeiras edições foram um sucesso, tanto na venda de transmissões pay-per-view como na comercialização das famosas fitas de vídeo das lutas. Muita gente teve seu primeiro contato com o MMA através de fitas VHS emprestadas pelos amigos.
O êxito comercial do Ultimate também atraiu a atenção das autoridades americanas, que passaram a questionar a brutalidade dos combates. Vários estados proibiram as lutas, o que levou o UFC a trabalhar no desenvolvimento das regras que explicamos acima. Apesar desse trabalho de regulamentação, o UFC estava em apuros: os boicotes aos eventos antes da adoção das novas regras tinha deixado a empresa no vermelho. Foi quando entraram em cena Dana White e os irmãos Fertita, no início de 2001. Empresários do ramo dos cassinos em Las Vegas, os Fertita pagaram apenas US$ 2 milhões pelo torneio – e transformaram a marca em uma febre mundial.
Nessa nova fase, o UFC passou a investir bastante em publicidade, atraiu patrocinadores importantes e começou a organizar eventos cada vez maiores. O esporte caiu no gosto do torcedor. A criação do reality show The Ultimate Fighter, em 2005, ajudou a popularizar ainda mais a modalidade entre as pessoas que não costumavam acompanhar nenhum tipo de luta. Depois de uma década de constante crescimento, com direito a contratos multimilionários de TV, recordes de pay-per-view e arenas lotadas, os irmãos Fertita venderam o UFC a um grupo liderado pela WME-IMG, uma gigante do entretenimento. Valor do negócio: nada menos de US$ 4 bilhões.
Os maiores astros do UFC na atualidade
Conor McGregor
O irlandês falastrão pode até não ser o melhor lutador do Ultimate, mas é certamente o que mais provoca polêmica (e o que mais rende dinheiro ao torneio). Ex-campeão dos penas e dos leves, Conor agora tem o desafio de superar a perda dos dois cinturões.
Khabib Nurmagomedov
O russo chegou para seu duelo contra McGregor com um cartel perfeito – e saiu com a vitória por finalização e o título dos leves. Um dos atletas mais dominantes do UFC, Khabib é especializado em sambo, uma luta russa, e também é craque em wrestling e judô.
Daniel Cormier
Assim como Conor, o wrestler olímpico americano também conquistou dois cinturões: o dos meio-pesados e o dos pesados. A diferença é que ele defende seus títulos e tem tudo para seguir com eles. Seu grande rival é Jon Jones, o único que já o derrotou no cage.
Jon Jones
Por falar no ex-campeão dos meio-pesados, o americano está numa encruzilhada no UFC. Envolvido em inúmeras confusões fora do octógono, o mais talentoso e perigoso lutador do Ultimate está voltando de suspensão – e quer provar para o mundo que é o melhor.
Os atletas mais ricos do UFC
Muita gente se pergunta: quanto ganham os atletas do UFC. A resposta varia bastante, já que a diferença entre as bolsas pagas aos lutadores iniciantes e aos donos dos cinturões é gigantesca. Mas afinal, quais são os lutadores mais ricos do UFC? Contando apenas as bolsas de lutas e bônus do próprio Ultimate, sem contar patrocínios e contratos pessoais, a lista é encabeçada por Conor McGregor, que encerrou 2018 somando mais de US$ 9,5 milhões. Em segundo lugar aparece o inglês Michael Bisping, que faturou US$ 7,1 milhões na carreira. Georges St-Pierre vem em seguida, com US$ 7 milhões. O próximo é Anderson Silva, que já recebeu US$ 6,8 milhões em bolsas e prêmios e segue atrás de novas marcas.
Os melhores brasileiros do Ultimate
Anderson Silva
O Spider não é apenas o mais rico brasileiro do octógono. Ele é o mais bem-sucedido e o mais influente lutador de sua geração. Para muitos, é o Pelé do MMA: o melhor de todos os tempos, apesar dos recentes problemas envolvendo doping. É um gênio na trocação.
Cris Cyborg
Campeã do peso-pena feminino, categoria criada justamente para ela no UFC, Cyborg é a maior artista de nocaute do MMA entre as mulheres. Especialista em boxe e muay thai, ela também tem um jogo de chão afiado, com ótimos conhecimentos de jiu-jitsu.
José Aldo
Ele foi o rei do peso-pena por muitos anos, mas acabou dando azar no duelo com Conor McGregor. Depois da derrota marcante para o irlandês, Aldo voltou a brigar pelo título, mas caiu diante do havaiano Max Holloway. Seus pontos fortes são muay thai e jiu-jitsu.
Amanda Nunes
Apelidada de Leoa, a campeã do peso-galo feminino entrou para a história ao aposentar Ronda Rousey do octógono. Outro grande momento foi a conquista do título contra Miesha Tate no UFC 200. Dona de um boxe afiado, ela também já treinou jiu-jitsu e judô.
A força dos brasileiros no octógono
Por que os lutadores brasileiros são tão bons? Como mostram os casos de Anderson, Aldo, Cyborg e Amanda Leoa, os atletas do país chegam ao UFC com uma ampla gama de técnicas, sendo que quase todos contam com o repertório do jiu-jitsu. São verdadeiros representantes das artes marciais mistas, unindo diferentes disciplinas para vencer no cage. Esses quatro nomes já chegaram ao topo de suas divisões, sendo que Anderson e Aldo brigam para recuperar seus títulos. Outros brasileiros com chances de conquista de cinturão no futuro são Ronaldo Jacaré e Paulo Borrachinha (peso-médio) e Raphael Assunção e Marlon Moraes (peso-galo), além de Jussier Formiga entre os moscas.
As melhores lutas de brasileiros no UFC
Amanda Nunes x Ronda Rousey
Em dezembro de 2016, a Leoa destruiu a queridinha dos americanos com um nocaute humilhante no primeiro round. Ronda jamais voltou a pisar em um octógono do UFC.
José Aldo x Chad Mendes
O campeão peso-pena nocauteou o perigoso Chad Mendes no primeiro assalto no UFC Rio, em 2012, e foi comemorar com a galera, pulando para fora do cage.
Anderson Silva x Chael Sonnen
O Spider ficou perto de perder seu cinturão para o falastrão americano em 2010. Faltando dois minutos para o fim, ele encaixou um triângulo, finalizou Sonnen e manteve a cinta.
Junior Cigano x Cain Velasquez
O brasileiro conquistou o cinturão dos pesados nocauteando o fortíssimo americano em 64 segundos. A luta teve enorme audiência e elevou Cigano ao primeiro escalão do UFC.
Grandes zebras contra brasileiros no UFC
Anderson Silva x Chris Weidman
O americano acabou com o reinado de Anderson ao nocauteá-lo em 2013. O Spider abusou das provocações e da guarda baixa e acabou sendo surpreendido.
José Aldo x Conor McGregor
Uma zebra não pelo resultado, já que Conor também é um grande lutador, mas pela forma como Aldo perdeu: o brasileiro foi nocauteado em apenas 13 segundos.
Fabrício Werdum x Stipe Miocic
Na Arena da Baixada, em Curitiba, diante de uma multidão, Werdum perdeu o título dos pesados para o americano Miocic ao ser nocauteado logo no round inicial.
Como apostar nos brasileiros do UFC
Há inúmeras alternativas para quem procura as melhores opções para apostar no UFC. Os fãs de Anderson, Aldo, Cyborg e Amanda podem colocar suas fichas nos brasileiros nas melhores casas de apostas da internet. Depois de escolher um site seguro e confiável (confira na tabela acima), você avalia os odds de cada lutador e faz seu palpite. Além de escolher quem vai sair do octógono com a vitória, você também pode fazer outros tipos de apostas, como cravar o desfecho do combate (finalização, nocaute ou decisão) e o round em que a luta acabará. Não faltam possibilidades para você lucrar e vibrar com as batalhas do Ultimate.
Guia de apostas no UFC
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