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Com status de titular, Tiago Volpi chega para ser a solução no gol do São Paulo em 2019

Agora vai?
Foto: Reprodução

O São Paulo foi às compras – novamente – em busca de uma solução para a sua crise crônica de goleiros desde que o ídolo Rogério Ceni se aposentou em dezembro de 2015. A bola da vez é Tiago Volpi, arqueiro que chamou a atenção da diretoria do Morumbi em 2014, quando atuava pelo Figueirense e que só não foi contratado à época porque Ceni adiou sua aposentadoria em um ano. Como não veio para o clube paulista, Volpi fechou com o Querétaro do México onde tornou-se ídolo desde a sua chegada – tendo, inclusive, cogitado a naturalização mexicana para poder defender a seleção do país.

De volta ao Brasil, Volpi, de 28 anos, terá pela frente o desafio de superar a sombra de Rogério Ceni que ainda paira no gol Tricolor e a ambição de chamar a atenção de Tite, técnico da Seleção Brasileira que, inevitavelmente, precisará promover uma renovação de seu elenco – mesmo com a titularidade de Alisson assegurada.

 

Máquina de destruir goleiros

Desde a aposentadoria de Rogério Ceni, em dezembro de 2015, o São Paulo não consegue fixar um atleta na posição que dê ao elenco e à torcida a segurança que o o M1to dava. Denis, reserva de Ceni durante boa parte de sua carreira, foi a primeira tentativa e não correspondeu. Atuando em 68 jogos na temporada 2016 (Renan Ribeiro, 3 jogos; e Leo, 1 jogo, completaram o ano), Denis sofreu 70 gols e não conseguiu passar, principalmente para a torcida, a segurança de seu antecessor.

Torcida, aliás, que tem sido fundamental nesta fase “destruidora” de goleiros pela qual o São Paulo passa. A paciência com Denis acabou em 2016 e em 2017 a chegada de Sidão – à pedido de Rogério Ceni, então técnico do time – mandou o arqueiro para o final da fila de candidatos à titularidade. Com 7 jogos e 7 gols sofridos na temporada, Denis arrumou suas malas e mudou-se para o Figueirense.

Titular com Ceni, Sidão atuou em 25 jogos e sofreu 35 gols. Com a saída do treinador e a chegada de Dorival Júnior, Renan Ribeiro passou a disputar posição atuando em 30 jogos e sofrendo 38 gols. Nenhum dos dois convenceu, mas, sentindo que não teria espaço no futuro, Renan Ribeiro transferiu-se para o Sporting de Portugal.

Para a temporada de 2018, o São Paulo foi atrás de Jean, goleiro do Bahia contratado por R$ 10 milhões, que chegou para disputar posição com Sidão mas, imaturo, só assumiu a titularidade na parte final da temporada mandando o ex-titular para o banco de reservas. Foram 46 jogos e 37 gols sofridos com Sidão em campo e 18 jogos com 15 gols com Jean titular. O jovem Lucas Perri – promessa do Morumbi e terceira opção para o gol, não atuou em 2018.

Sem contar com a confiança do elenco e, principalmente, da diretoria e da torcida, Sidão se acertou com o Goiás e deixou o São Paulo. Jean, que também não correspondeu às expectativas criadas em torno dele, seguirá no Morumbi como reserva. A ideia é amadurecer o atleta para que no futuro ele possa ser titular ou pelo menos gerar algum lucro em uma transferência.

 

Agora vai?

Destaque do Querétaro em 2015, 16, 17 e 18, Tiago Volpi chega para assumir a camisa 1 do São Paulo e com experiência internacional para aguentar a pressão de disputar uma Copa Libertadores – competição que também pesou na decisão do atleta em retornar para o futebol brasileiro.

A expectativa dentro do Morumbi é de que Tiago repita as atuações de 2014, em especial a da 18ª rodada do Brasileirão daquele ano quando, defendendo as cores do Figueirense, parou o ataque do São Paulo.

Naquele dia, o Figueirense saiu na frente com Giovanni Augusto, e o São Paulo depois empatou com Rogério Ceni, de pênalti. Volpi, então, se destacou por conta de três lances cruciais:

  • Uma defesa com os pés em chute de Alan Kardec, após passe de Kaká.
  • Boa intervenção em finalização à queima roupa de Kaká, após tabela com Osvaldo.
  • E ao evitar gol do São Paulo em cabeçada de Alan Kardec, na pequena área.

A temporada de 2019 dirá se Tiago Volpi e o São Paulo fizeram as escolhas certas ou se as traves do Morumbi continuarão vivendo à sombra de Rogério Ceni.