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Anderson Silva empolga, faz luta dura, mas acaba derrotado por Israel Adesanya no UFC 234

Anderson Silva foi derrotado por Israel Adesanya na decisão dos juízes pelo UFC 234
Foto: Divulgação / UFC

A vitória não veio, mas o torcedor brasileiro pode se dar por satisfeito. Na luta principal do UFC 234, Israel Adesanya venceu Anderson Silva na decisão unânime dos juízes após duelo de três rounds. O resultado não foi favorável ao brasileiro, mas levando-se em consideração os dois anos afastado octógono, os 43 anos de idade, a posição de azarão gigante e o nível do rival que dividiu o cage com ele, Spider pode, sim, se orgulhar do que fez diante de Adesanya.

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Uma das maiores questões antes da luta era se Adesanya ia ou não se abalar com o “fator lenda”. Não é fácil lutar com seu próprio ídolo. E dentro do octógono Spider usou e abusou desse bloqueio emocional. Israel respeito o brasileiro antes, durante e depois da luta. Dentro do octógono, em diversos momentos ele teve brechas para atacar e ser contundente, mas a influência de Spider sobre ele o fez hesitar. Spider, por sua vez, foi valente e atacou como pôde, mas esbarrou nas limitações do tempo. O reflexo não é o mesmo, o poder de nocaute não é o mesmo. A grandeza, porém, estava ali. Ele segue sendo perigoso quando ataca. É difícil um lutador não arregalar os olhos quando Anderson caminha pra frente e exibe aquela guarda descontrolada e pronta pra soltar um golpe certeiro.

No primeiro round, Adesanya trabalhou bem a distância e acertou os golpes mais contundentes. Ele trabalhou bem os chutes baixos – marca de Anderson – e conectou bons golpes na cabeça. Spider foi bem usando jabs e respondendo com alguns chutes baixos, mas sem muita contundência. No segundo assalto, o brasileiro melhorou e teve seu melhor momento. Além de conectar mais golpes em Israel, o brasileiro se saiu bem também no clinche, onde conectou cinco golpes limpos. Talvez no momento mais emocionante da luta, Spider acertou um golpe que fez Adesanya se desequilibrar e se encorar na grade. Anderson deu distância e arriscou uma joelhada voadora de tirar o fôlego. O nigeriano se esquivou. O segundo foi o round mais equilibrado, mas Spider foi ligeiramente melhor.

O último era o round de desempate. Adesanya teve um volume maior nesse assalto. Foram 25 golpes contundentes contra cinco de Spider. O brasileiro não chegou a parecer cansado, mas pensou demais e acabou deixando Israel trabalhar mais solto. O volume de golpes e controle do octógono do nigeriano foi maior no último assalto e garantiu a vitória na decisão unânime dos juízes.

Para quem esperava um atropelo de Israel Adesanya, fica a lembrança de que quando um fã pisa no octógono contra um ídolo, a história pode ser diferente. Não deve ser a coisa mais fácil do mundo dar soco na cara do lutador que fez você querer se tornar atleta de MMA. Isso mexe com a sua cabeça. E Anderson Silva sabe disso. O brasileiro teve uma postura mais séria. Provocou, claro, como sempre, mas da maneira certa. Usou isso para distrair o rival e conectar golpes, não apenas para fazer graça. Depois de muito tempo foi possível ver vontade e o “sangue nos olhos” que estava devendo há tempos. Após dois anos afastado, aos 43 anos de idade e com mais de 21 anos de carreira nas costas, Spider merece ter sua apresentação louvada. Fez luta dura e apertada contra um jovem talento da categoria que fez cinco lutas nos últimos 12 meses e é apontado por muitos como futuro campeão dos médios.

Anderson apresentou boa movimentação. O reflexo não é mais o mesmo por conta idade, mas ele teve iniciativa. Provocou, como sempre fez, mas tentou ser contundente e objetivo. Respondeu os golpes plásticos de Adesanya, absorveu bem alguns cruzados que engoliu e se impôs dentro do cage. Usou o clinche quanto teve chance… Foi bonito de ver. A vitória não veio, mas ele mostrou que tem lenha para queimar, se quiser.

Depois da luta, ambos trocaram elogios mais uma vez e Adesanya voltou a se emocionar diante do ídolo.  Na entrevista ainda no octógono, Spider pediu para lutar no UFC 237, no dia 11 de maio, em Curitiba. Ele quer uma revanche com Nick Diaz. Quem sugeriu um combate foi Conor McGregor, via Twitter. O irlandês elogiou o brasileiro e disse que “amaria”enfrentá-lo. Spider deixou as portas abertas para a possibilidade, mas o presidente do UFC Dana White afirmou que não é uma ideia que o agrada.

No fim das contas, o respeito que o Anderson conquista com essa luta é gigante. Como eu falei antes da luta. Um cara que já foi campeão dos médios por seis anos, fez dez defesas de título consecutivas e já quebrou tantos recordes, não precisava provar mais nada a ninguém. Ele poderia, assim como tantos ex-campeões, escolher lutas mais fáceis e menos perigosas. Mas ele foi lá e embora motivado por uma possível nova chance pelo cinturão, encarou um jovem talento da categoria, invicto, voando… Coisa que nem todo veterano ou ex-campeão faria à essa altura da carreira. Muita gente achava que o Anderson seria engolido.

Mas chegar lá e fazer uma luta de igual pra igual contra um cara com o futuro do Israel Adesanya só mostra o quanto Anderson Silva é gigante. Isso é grandeza. Tem que respeitar muito!