Paixão Nacional: Palavras de Sabedoria
O que todo mundo sabia desde a derrota para a Bélgica durante a Copa do Mundo da Rússia está escancarado para o universo: a batata de seu Adenor, o Tite, está assando em fogo alto junto ao torcedor brasileiro que não aguenta mais os termos rebuscados do professor para justificar que a Seleção Brasileira não está jogando absolutamente nada e que sem Neymar, simplesmente não há time. “Performar o resultado”, “extremos desequilibrantes” e “lastro físico” foram algumas das palavras usadas pelo treinador para explicar o que foi o empate em 1 a 1 no amistoso disputado no último sábado contra a fraquíssima Seleção do Panamá.
Infelizmente nenhuma delas explicou a insistência em Philippe Coutinho – que salvo um lampejo aqui e outro ali, vive fase medonha no Barcelona – e a irritante apatia do time que, mais uma vez, jogou sem um pingo de vontade. Perder para o Panamá acontece, é do jogo, é uma zebra e a graça do futebol (expliquei melhor que Tite e com palavras comuns), mas perder sem fibra é inaceitável.
Paquetá, Arthur e Richarlison salvaram-se no desastre que foi o jogo. No mais, parecia que estávamos de volta aos anos 90 com a seleção pavorosa de Sebastião Lazaroni – precursor do discurso “complicado” tão difundido por Tite.
Para se agarrar ao cargo, o treinador pode apostar nos veteranos que não estarão na próxima Copa do Mundo para disputar a Copa América – mas a fatura desta escolha será cobrada lá na frente, talvez com novo papelão, agora no Catar em 2022.
E enquanto a titebilidade vai perdendo seu encanto, a cornetabilidade ganha força. E o nome de Renato Gaúcho também.