Paixão Nacional: águas passadas
São Paulo e Palmeiras fizeram um clássico animado na ida das semifinais do Campeonato Paulista poucos dias após o Tricolor dar um chapéu no Verdão e anunciar a chegada de Alexandre Pato – o atacante de renome que é uma paixão antiga e arranca suspiros da diretoria do clube do Morumbi desde que chegou à zona sul de São Paulo em uma troca que mandou Jadson para o Corinthians em fevereiro de 2014.
A passagem de dois anos de Pato pelo São Paulo gerou uma memória afetiva tão grande dentro do clube – e em boa parte da torcida – que a diretoria não poupou esforços (e dinheiro) para atravessar o negócio que já era dado como certo dentro do Palmeiras após todo um trabalho dos empresários e do próprio jogador para convencer o técnico Luiz Felipe Scolari de seu comprometimento. Até mesmo a multa da recisão de contrato com o chinês Tianjin Tianhai – paga pelo atleta – entrou no pacote financeiro oferecido pelo Tricolor para pagar o Pato.
Neste meio tempo, assim como aconteceu com Luiz Felipe Scolari, Cuca, futuro técnico do São Paulo, também precisou ser “convencido” da contratação do atacante que faz gols, sim, mas alterna momentos de total desinteresse pelo futebol e pelos clubes que defende com fases quase brilhantes. O namorado de Patrícia Abravanel voltou ao Brasil treinando forte e deverá (re)estrear com a camisa tricolor no Campeonato Brasileiro.
Antes disso, porém, ficará na torcida pela classificação do time para as finais do Campeonato Paulista. Falta apenas tirar o Palmeiras do caminho – com a bola rolando, entretanto, as coisas tendem a ser mais complicadas do que nas mesas de negócios entre cartolas e agentes engravatados.