Paixão Nacional: Duelo da reabilitação?
Após mais uma eliminação em um mata-mata em 2019 com as duas derrotas diante do Bahia (ambas por 1 a 0) pela Copa do Brasil, o São Paulo concentra o que lhe resta de forças no Campeonato Brasileiro – única competição que ainda disputa nesta temporada que, para variar, não vem sendo das melhores.
A começar pela efetivação de André Jardine como técnico e sua previsível demissão após a queda na Libertadores. Veio então a contratação de Cuca, o técnico que não poderia assumir imediatamente e a interinidade de Vagner Mancini que, contrariando tudo que se podia imaginar para o bagunçado tricolor, levou o time até a semifinal do Paulistão – momento em que Cuca tomou as rédeas para perder o título com o São Paulo derrotado pelo Corinthians no Itaquerão (mais uma vez).
O início promissor no Brasileirão deu a entender que o time estava encontrando seu caminho, mas a série de tropeços – empate contra o Bahia pelo Brasileiro e uma série de três derrotas seguidas, uma contra o Corinthians (BR-19) e duas contra (de novo) o Bahia pela Copa do Brasil nos três duelos entre os times em 10 dias – escancarou o abismo da crise que faz morada no Morumbi há anos e não tem intenção de ir embora tão cedo.
Do outro lado do “clássico do desespero” temos o Cruzeiro que foi de melhor defesa da fase de grupos na Libertadores e campeão invicto do Campeonato Mineiro a “faz-me rir” no Brasileirão. Os 13 gols sofridos em seis jogos pelo torneio de pontos corridos e a sequência de três derrotas nas últimas três rodadas disparou todos os sinais de alerta na Toca da Raposa – que vive momentos conturbados também em sua administração.
Uma vitória amanhã, para qualquer uma das equipes significará uma relativa paz até, pelo menos, a retomada do Brasileirão após a Copa América. Uma derrota será um passo à mais no lamaçal da crise. O empate, por sua vez, manterá os times na mesma situação de hoje: abraçados ao capeta no inferno da cornetagem.