Humor: e o VAR?
Brasil e Argentina fizeram, na noite da última terça-feira, dia 2, sua melhor partida nesta Copa América. Pena que a fraquíssima arbitragem do equatoriano Roddy Zambrano esteve muito abaixo do que merecia o jogo (e por que não escalaram, para este duelo, um árbitro uruguaio por exemplo é algo além do nosso conhecimento). Aos 36 anos, Daniel Alves deu um show, liderou o time brasileiro na semifinal do torneio e iniciou a jogada que acabou com o jejum de gols de Gabriel Jesus (que fez o passe para o segundo gol, de Firmino, já no segundo tempo). O resultado, no final, garantiu um bom lucro para quem seguiu as dicas de apostas do Ganhador e, mais do que isso, garantiu um rosário gigantesco de reclamações – justificadas, até – do lado argentino que não entende até agora porque o VAR não foi acionado no lance entre Dani Alves e Agüero (suposto pênalti) na origem da jogada que terminou no segundo gol brazuca.
O choro é livre
Os argentinos saíram de campo reclamando muito da arbitragem da semifinal da Copa América. Além da falta de pulso do árbitro Roddy Zambrano, houveram dois lances em que o VAR poderia ter sido acionado, mas não foi. Ambos os lances eram interpretativos (eu, particularmente, teria marcado pênalti em um lance e no outro, não). A questão ficou tão aberta que durante toda a quarta-feira os programas esportivos discutiram o assunto à exaustão e não chegaram a nenhuma conclusão. No caso do lance entre Agüero e Daniel Alves, eu marcaria o pênalti. Na jogada entre Arthur e Otamendi, mandaria o lance seguir. Como disse: questão de interpretação.
Mas isso não impediu o astro Messi de falar grosso na saída do estádio e cobrar seriedade da Conmebol – mais até do que cobrou quando criticou os gramados dos estádios brasileiros. Com razão até: se tivesse sido marcado, o pênalti poderia empatar o jogo e dar uma chance de classificação à Argentina quando, no final da partida, o Brasil juntava os cacos, colecionava baixas e via William parado no comando de ataque porque, machucado, não podia mais sair de campo (Tite já havia feito as três substituições).
O lado bom é que a disputa do terceiro lugar se dará no Itaquerão – estádio com um gramado um pouco superior à média das arenas utilizadas na Copa América.
A bruxa está solta
Os médicos e fisioterapeutas da seleção brasileira continuam sem descanso na Copa América. Cássio, Fernandinho, Filipe Luis e Richarlison estiveram (ou estão) no departamento médico se recuperando de algum problema. Juntam-se a eles William (que sofreu uma lesão mais séria e não terá condições de disputar a final) e Marquinhos, que passou mal em campo por conta de uma virose e é dúvida para o jogo no domingo (como também é Filipe Luís que poderá seguir no banco de reservas).
Estreia do Maracanã
Para o técnico Tite, o domingo será um dia de estreias. Será a primeira vez que comandará a seleção brasileira no Maracanã e será também sua primeira final no comando da equipe nacional. Nervosismo e ansiedade definem.
Que venha o Peru
Esqueçam os 5 a 0 da fase de grupos. O Peru que enfrentará o Brasil no próximo domingo após dar um nó no favorito Chile e se classificar com uma vitória por 3 a 0 na outra semifinal, disputada na noite da quarta-feira, dia 3, é um time com postura e posicionamentos bem diferentes – tanto que destruiu nossos prognósticos em uma daquelas típica situações improváveis que apenas o futebol é capaz de proporcionar (c0mo foram os 5 a 0 já mencionados ou os 7 a 1 de 2014).
No domingo, o Brasil, obviamente, é favorito. Mas o Peru pode surpreender, botar água no chope brasileiro e aumentar a temperatura da frigideira que frita Tite desde a derrota para a Bélgica em 2018.