Receita de Fábio Carille para ganhar o Brasileirão
Para Fábio Carille, o Corinthians não teria problemas para ser campeão brasileiro se sua vontade fosse atendida e o Timão contratasse Rodriguinho, Roger Guedes e Gabigol. Mas, sem dinheiro nenhum para o rolê, a diretoria alvinegra investiu em volantes mais em conta, trouxe Boselli para dar peso ao banco de reservas e saiu emprestando alguns atletas que ninguém sabe explicar por quê diabos foram contratados. Após uma série de três jogos sem vitórias, muitas reclamações da torcida, da diretoria e dos atletas a respeito da má-qualidade do futebol apresentado pelo time, Carille promoveu mudanças – tardias – no time para o jogo contra o Goiás na noite da última quarta-feira pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro em uma tentativa de diminuir a pressão, as reclamações e, principalmente, voltar a vencer na competição.
E tudo deu certo por cerca de 20 minutos no primeiro tempo. Com Bruno Méndez, Carlos Augusto, Sonorza, Pedrinho, Janderson, Gustavo e Mateus Vital entre os titulares, o Timão foi superior no início do duelo, teve o controle das ações do jogo e abriu o placar aos 10 minutos. Aos 20, o Goiás se encontrou em campo, acuou o alvinegro e passou a mandar na partida até conseguir o empate com Michael. A normalidade corintiana havia sido reestabelecida.
No segundo tempo, o Goiás – muito superior ao Corinthians mesmo sem contar com Gabigol, Roger Guedes ou Rodriguinho – virou e seguiu mandando no jogo até que Michael fez bobagem (uma falta desnecessariamente violenta em Régis que havia entrado no lugar de Pedrinho) e acabou expulso.
Mesmo com a vantagem numérica e com Gil curtindo uma de centroavante (porque Boselli veio para o Brasil a passeio, não é mesmo?), o Timão não assustava até que o VAR achou um toque de mão de Dudu na área. Pênalti – totalmente interpretativo – que Gustavo cobrou e guardou, garantindo o empate e levando o Timão para seu quarto jogo seguido sem vitórias.
Empate que manteve o alvinegro na quarta colocação porque o São Paulo também não se ajuda – não importa o técnico que esteja de plantão no Morumbi – e conseguiu perder para o Cruzeiro que mesmo vencendo e contratando Rodriguinho (lesionado), segue se debatendo no Z-4.
Falando em Z-4, o Palmeiras – que já teve Roger Guedes vestindo sua camisa – também precisou suar sangue para vencer a Chapecoense em casa por 1 a 0. O gol – cortesia de Felipe Melo – saiu nos acréscimos (justos), aliviou a barra de Mano Menezes e manteve inalterada a distância para o Flamengo, líder do Brasileirão que, desfalcado, mas com Gabigol, sofreu para vencer o Fortaleza, de virada, no Castelão.
Enquanto isso, o Athletico-PR, que não tem Rodriguinho, Roger Guedes e Gabigol, levou a Sul-Americana e já está na Libertadores 2020.