Finalistas da A2, São Caetano e Bragantino já fizeram festa pelo retorno à primeira divisão do Paulistão
Enquanto o Azulão foi absoluto contra o Rio Claro, Massa Bruta superou o Água Santa nos pênaltis para ficar com uma das duas vagas na Séria A1 do ano que vem
Lógico que o título da Série A2 de 2017 tem valor para São Caetano e Bragantino, mas os dois já cumpriram sua missão ao conseguirem subir para a primeira divisão do Paulistão. Portanto, comparado ao retorno à elite do Campeonato Paulista, o troféu de campeão da Segundona é um mero detalhe. No fim das contas, o time de melhor campanha na primeira fase, Água Santa, ficou pelo caminho, assim como o Rio Claro. Acabou que a tradição e o peso da camisa de dois campeões estaduais fizeram a diferença na hora da verdade.
SÃO CAETANO X BRAGANTINO
Amanhã (06), a festa vai continuar no estádio Anacleto Campanella, onde o Azulão e o Massa Bruta, que comemoram o acesso à Primeirona desde o meio da semana, vão se enfrentar para definir o campeão paulista da Série A2, a partir das 19h30 (horário de Brasília). É um dos raros casos em que o perdedor já sai com um bom prêmio de consolação. Afinal, o choro incontido é de quem viu a vaga para a A1 escapar pelas mãos.
TRAJETÓRIA ATÉ O RETORNO À ELITE PAULISTA
Após as 19 rodadas da fase de classificação, o Água Santa era um dos grandes favoritos para regressar à primeira divisão, de onde caiu no ano passado. Pelo fato de ter sido o líder da primeira fase, o Netuno faria a semifinal contra o quarto colocado. E a definição do último classificado aconteceu somente na última rodada.
Ao término da penúltima rodada, o Guarani encontrava-se no G-4, mas iria pegar o Batatais (fora), que estava duas posições abaixo, em um confronto direto pela vaga. Na quinta colocação, o Braga contava com um tropeço do Bugre, além de ter que derrotar o Votuporanguense, em casa. E o destino sorriu para o Massa Bruta, que venceu por 3 a 1 e ainda foi agraciado pelo Fantasma da Mogiana, que fez sua parte e ganhou do Alviverde de Campinas.
Na abertura das semifinais, o time de Diadema começou a disputa no mata-mata em Bragança Paulista, onde perdeu o jogo de ida para o Bragantino por 1 a 0, no último sábado (29). Na terça-feira (02), o duelo da volta aconteceu no estádio Distrital da Inamar. Nos 90 minutos, o Netuno devolveu o placar. Com tudo igual no marcador agregado, um dos finalistas da Séria A2 foi conhecido nos pênaltis. No fim, os visitantes, que converteram todas as cobranças e viram o adversário desperdiçar uma, comemoraram a vaga como se fosse um título. Era o retorno do Braga à elite paulista, desde que o time foi rebaixado em 2015.
AZULÃO PASSEIA NA SEMIFINAL CONTRA O RIO CLARO
Vice-líder na primeira fase, o São Caetano mediu forças com o Rio Claro, que obteve o terceiro lugar no geral, com um ponto a menos (34-33). Fora de casa, o Azulão conquistou um ótimo resultado ao empatar em 2 a 2, no sábado (29). E no ABC, mais precisamente no estádio Anacleto Campanella, os mandantes golearam o Galo Azul por 3 a 0, nesta terça-feira (02), e também festejaram o regresso ao grupo de elite do Campeonato Paulista.
FINALÍSSIMA
A decisão da Série A2 do Paulistão acontecerá em jogo único. Como obteve melhor campanha em comparação ao Braga, o São Caetano obteve o direito de jogar em seus domínios. É bom frisar que, na quinta rodada da primeira fase, também no ABC, o Azulão venceu o Massa Bruta por 3 a 1. A última vez que o São Caetano disputou a A1 foi em 2013
Prováveis escalações:
São Caetano: Paes; Alex Reinaldo, Sandoval, Eduardo Luiz e Bruno Recife; Esley, Régis, Ferreira e Paulo Vinícius; Ermínio e Carlão.
Técnico: Luís Carlos Martins
Bragantino: Renan Rocha; Bruno Oliveira, Gilberto, Guilherme Mattis e Fabiano; Adenilson, Daniel Pereira, Adriano Paulista e Rafael Chorão; Rafael Grampola e Vitor.
Técnico: Alberto Félix
TRADIÇÃO E BRILHO EM DÉCADAS DISTINTAS
O Bragantino reforçou a tradição de equipes do interior paulista que brilharam no cenário nacional, como o Guarani, que sagrou-se campeão brasileiro em 1978. O Massa Bruta por pouco não repetiu o feito, mas perdeu a final do Brasileirão de 1991 para o São Paulo de Telê Santana. Um ano antes, sob o comando de Vanderlei Luxemburgo, o Braga conquistou o Paulistão contra o Novorizontino.
Já o São Caetano teve feitos ainda mais expressivos na década seguinte. Além de ser duas vezes vice-campeão nacional, de forma consecutiva (2000 e 2001), o Azulão perdeu uma final de Libertadores para o Olimpia, em 2002. A redenção se deu em 2004, com a confirmação do primeiro e único título paulista.